Arnaut. “Portugal perde uma das figuras referenciais em termos de influência cívica”, diz ministro da Saúde

“Não é apenas o pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS), como nos habituámos a reconhecê-lo. Perdemos um cidadão que soube enobrecer a sua devoção à causa pública”, disse Adalberto Campos Fernandes

Arnaut. “Portugal perde uma das figuras referenciais em termos de influência cívica”, diz ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou esta segunda-feira que António Arnaut não era “apenas” o pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também um “cidadão que soube enobrecer a sua devoção à causa pública".

"Não é apenas o pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS), como nos habituámos a reconhecê-lo. Perdemos um cidadão que soube enobrecer a sua devoção à causa pública", afirmou o responsável da Saúde, em declarações à agência Lusa.

"[Portugal] perde uma das figuras referenciais em termos de influência cívica, de capacidade de pensar e refletir sobre o futuro", afirmou Campos Fernandes, descrevendo Arnaut como um "republicano, um homem da literatura, um grande poeta e um homem de uma enorme sensibilidade".

O ministro da Saúde disse ainda que, em relação ao SNS, é importante não deixar cair as ideias que estiveram por detrás da sua fundação: "O que importa é prosseguir o caminho e, 40 anos depois, tudo fazer para que a ideia fundadora seja todos os dias renovada e possamos ter esta realização que todos consideramos ser a melhor realização da democracia em termos de serviço público".

Recorde-se que António Arnaut morreu esta segunda-feira, em Coimbra, aos 82 anos. Para além de ter sido o ‘pai’ do SNS, foi também cofundador e presidente honorário do Partido Socialista.