Impresa lucra 2,5 milhões de euros no primeiro semestre

Para o CEO, os resultados alcançados demonstram que o plano estratégico está a ser cumprido.

A Impresa lucrou 2,51 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, ou seja, quase 30 vezes superiores aos 85,6 mil euros alcançados em igual período de 2017. Já no diz respeito ao segundo trimestre, a dona da SIC registou um resultado líquido de 3,1 milhões de euros, uma subida de 10,6% face ao segundo trimestre do ano passado. Estes valores expurgam os rendimentos e gastos estimados para o portefólio de revistas vendido em janeiro à Trust In News, de Luís Delgado, por 10,2 milhões de euros. 

“O primeiro semestre demonstrou que estamos no bom caminho com o cumprimento do nosso plano estratégico. Estamos a recentrar o nosso negócio, focando-o no audiovisual e no digital, potenciando as nossas marcas fortíssimas e antecipando os hábitos de consumo dos portugueses. Os lucros do semestre cresceram exponencialmente, não só devido ao crescimento das receitas publicitárias em todas as nossas áreas de atuação como também pelo corte nos custos operacionais, incluindo na grelha da SIC”,revelou o CEO da Impresa. Francisco Pedro Balsemão disse ainda que, “o segundo semestre marcará o início de uma fase muito importante para a Impresa, com a concentração da SIC e do Expresso no mesmo edifício em Paço de Arcos, o que terá certamente um impacto positivo na nossa operação”, acrescenta.

No primeiro semestre, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) avançou 69,2%, para 10,2 milhões de euros, destacando-se a SIC, com um EBITDA de 11,2 milhões, o que traduz um crescimento de 56,9%. A margem EBITDA do grupo subiu de 7% para 11,8%. 

As receitas totais da Impresa ascenderam a 86,8 milhões de euros até junho, ligeiramente acima (0,2%) dos valores obtidos no primeiro semestre do ano passado. Aqui destacam-se as receitas com publicidade, no valor de 55,4 milhões de euros, que cresceram 2,3%. 

Os custos operacionais recuaram 4,9%, para 76,6 milhões de euros, o que a empresa atribui à descida dos custos com programação e dos custos com pessoal, e ainda da menor atividade das chamadas telefónicas. 

A dívida líquida, incluindo locações financeiras, situou-se nos 185,7 milhões de euros, menos 3,4 milhões do que em junho de 2017. A empresa assinala que a “redução da divida mais lenta, especialmente no 2º trimestre de 2018, deveu-se ao financiamento do projeto de expansão do edifício Impresa, e ainda, aos novos estúdios”. Em junho vendeu o Edifício Impresa, em Paço de Arcos, ao Novo Banco tendo realizado uma operação de lease-back por um período de 10 anos pelo valor de 24,2 milhões de euros.

As receitas da Impresa aumentaram 0,2% para 86,81 milhões de euros no primeiro semestre. Mas a contribuir mais para os bons resultados esteve, sobretudo, o segmento de publishing. Já no segmento de televisão, as receitas registaram uma quebra de 2% no primeiro semestre, para os 72,8 milhões de euros.