Hotel em Maiti ajudou mais de 250 pessoas a escapar às chamas de barco

Um ano depois, os portugueses lembraram-se de Pedrógão ao ver as imagens do fogo que matou 79 pessoas na Grécia. Na vila balnear de Mati, as chamas chegaram num ápice e as pessoas fugiram em direção à costa. Houve quem fosse apanhado dentro do carro, na estrada, houve quem morresse no mar.

No meio de todo o caos há histórias que nos fazem perceber que a tragédia podia ter sido ainda pior.

Em Maiti, no hotel Ramada Atica Riviera, estavam hospedados cerca de 170 clientes e mais de uma centena de habitantes locais procuraram refúgio no hotel de forma a evitar as chamas que se espalhavam a uma velocidade furiosa.

Apesar do hotel ter sido dos poucos edifícios que escapou à fúria das chamas, foi graças aos seus empregados que mais de 250 pessoas conseguiram fugir de barco com ajuda de embarcações vindas da Vila de Rafina para ajudar as pessoas que estavam no local.

"Eu estava no porto de Rafina a recebê-los. O incêndio foi muito rápido", disse Giorgos, responsável pela manutenção do hotel, que já está a limpar o estabelecimento para tentar, dentro do possível, voltar à normalidade. "Só precisamos de saber se vamos ter eletricidade, porque agora estamos a usar um gerador, e água para o serviço normal", acrescentou.

No total, mais de 1500 casas foram completamente destruídas pela força das chamas, e mais de 300 veículos foram arrasados pelas chamas. 

O Governo liderado por Alexis Tsipras decretou três dias de luto, tendo pedido ajuda internacional para combater os incêndios. Portugal enviou dois aviões e mais de 50 bombeiros para ajudar.