Europeu. Patrícia Mamona falha final do triplo salto

Campeã europeia em 2016 e vice no ano passado, a atleta do Sporting era a grande esperança nacional para as medalhas mas ficou-se desta vez pela qualificação. Susana Costa, pelo contrário, está na final

Patrícia Mamona foi a protagonista da grande desilusão na comitiva portuguesa que se encontra a competir nos Europeus de atletismo em Berlim. A atleta do Sporting, que conquistou o ouro em 2016 e a prata em 2017, não conseguiu qualificar-se para a final do triplo salto, tendo registado como melhor salto 13,92 metros à terceira tentativa – o mínimo para a qualificação eram 14,05 ou, em alternativa, terminar nas 12 melhores: Mamona acabou em 16.º. A melhor marca da qualificação foi conseguida pela grega Paraskevi Paphristou, medalha de bronze em 2016: 14,49 metros.

Rude golpe para as aspirações nacionais, pois Patrícia Mamona era uma das grandes esperanças para a obtenção de medalhas. No ano passado, por exemplo, o seu melhor salto foi de 14,32 metros – a melhor marca do ano, suficiente para a conquista da medalha de prata.

Lecabela Quaresma ficou igualmente fora das 12 atletas que irão lutar pelas medalhas. A atleta luso-são-tomense abriu com um salto nulo, fez depois 13,71 metros e acabou com 13,87, terminando a qualificação no 19.º lugar.

Pelo contrário, Susana Costa conseguiu a sua melhor marca do ano (14,17 metros) à segunda tentativa e com vento desfavorável (-1,5 m/s), e ficou no décimo posto, garantindo o apuramento para a final que se realizará sexta-feira. Há um ano, em Belgrado, a atleta da Academia Fernanda Ribeiro conseguiu igualmente chegar ao dia de todas as decisões, terminando em sétimo com uma marca que na altura constituiu o seu recorde pessoal: 13,99 metros.

A quebrar recordes consecutivos Na final dos 400 metros está Ricardo dos Santos, que esta quarta-feira cometeu a proeza de estabelecer novo recorde nacional… pelo segundo dia consecutivo. Se na terça-feira havia corrido a primeira série de qualificação em 45,55 segundos, apurando-se assim para as meias-finais dos Europeus, agora baixou a marca para 45,14 segundos, que se torna assim a melhor marca nacional de sempre.

Esta será, de resto, a primeira vez que Portugal vai ter um atleta na final dos 400 metros em campeonatos europeus. Ricardo dos Santos foi terceiro na primeira meia-final da especialidade, com um registo de 45,14 segundos, e acabou por conseguir o apuramento para a final, terminando com o sétimo melhor tempo dos oito finalistas – isto, após ter de esperar pelas outras duas meias-finais. “Foram os piores minutos da minha vida. Não consegui estar sentado, estava em pé, deitado, super nervoso para saber se era apurado ou não”, revelou o atleta do Benfica, de 23 anos, pouco depois de ver confirmada a qualificação. “Mas o que importa é que estou na final, algo que nenhum outro português conseguiu. O recorde de Portugal, especialmente assim, era algo que o meu treinador dizia ser possível. ‘A marca sairá’, disse-me ele. Agora, o importante é recuperar bem para sexta-feira, algo que eu pensava ser possível e concretizei. Não vale a pena estar a dizer o que vou ou não fazer. Há seis atletas com melhor marca do que eu. O meu treinador diz sempre para eu partir bem e não pisar a linha. É o que penso fazer na final”, completou, ele que é treinado pelo britânico Linford Christie, antigo campeão europeu, mundial e olímpico dos 100 metros.

Tal como no triplo salto, a final dos 400 metros terá lugar sexta-feira.