CDS percorre País de comboio para denunciar desinvestimento

CP deve gastar até 3,5 milhões de euros no aluguer de comboios a Espanha

O CDS volta esta terça-feira a percorrer o país de comboio para denunciar os problemas de desinvestimento na ferrovia, uma das bandeiras dos centristas para a pré-campanha eleitoral.  A líder centrista e o deputado Telmo Correia partem das Caldas da Rainha para Coimbra. A Norte, Nuno Melo, o eurodeputado e cabeça de lista às europeias,  fará o percurso de Viana do Castelo até ao Porto. Mas estão previstos mais cinco partidas: Entrocamento, Espinho, Faro, Évora e Vila Franca das Naves.

O objetivo é demonstrar “o investimento público mais baixo  de sempre na ferrovia em Portugal”, além de desperdício de fundos.

A falta de composições que já levou a supressão de carreiras ou atrasos no cumprimento de horários tem sido uma dor de cabeça para quem usa os serviços, mas o governo socialista  atribuiu responsabilidades ao desinvestimento na anterior legislatura. “ Basta ver em termos de recursos humanos, entre 2010 e 2015 os recursos humanos foram reduzidos em cerca de um terço. De 1.487 trabalhadores em 2010, em 2015 tínhamos 949 ao serviço”, declarou aos jornalistas, o secretário de Estado das secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins,citado pela Lusa.

O concurso para a aquisição de novas composições devem arrancar nos próximos meses, mas o governo ainda não deu datas. Os novos comboios só chegarão dentro de dois a três anos. Até lá, a  CP terá de gastar cerca de 3,5 milhões de euros no aluguer de mais composições aos espanhóis da RENFE, sendo que atualmente, são dispendidos cerca de sete milhões de euros anuais pelo aluguer de vinte composições à RENFE. Ou seja, o Estado gasta 350 mil euros por ano em cada composição alugada aos espanhóis, os únicos com comboios a diesel, porque falta eletrificar parte das infraestruturas dos caminhos de ferro.