DECO deixa aviso: os colares de âmbar “são perigosos” para os bebés

“Não existem estudos científicos que comprovem a eficácia” destes e “o seu uso acarreta alguns riscos para a criança”, afirma a associação 

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) deixou um alerta relativamente ao uso dos colares de âmbar como “analgésico natural” para os bebés, utilizados quando os primeiros dentes estão a aparecer.

De acordo com a associação, “não existem estudos científicos que comprovem a eficácia” destes e “o seu uso acarreta alguns riscos para a criança”.

Estes colares dizem-se eficazes devido à libertação de óleos, propriedades do âmbar, que são absorvidos pela pele do bebé. No entanto, a DECO refere que “desde 2007, o Sistema Europeu de Alerta Rápido (RAPEX) emitiu alguns alertas sobre estes colares, por considerar que apresentam riscos de asfixia”, pois as crianças podem pôr o colar na boca. Estes objetos não cumprem assim, de acordo com a RAPEX, as regras de segurança exigidas.

A DECO refere também a Australian Competition & Consumer Comission e a National Consumer Agency, empresas ligadas à segurança do consumidor, que “mostraram que o colar de âmbar parte-se facilmente. Se isso acontecer, os bebés podem engolir ou inalar as peças soltas”. Isto implica um elevado risco de asfixia para os bebés.

A associação portuguesa também refere que “alguns pontos de venda garantem que entre as peças são dados nós para evitar que estas se espalhem no caso de o fio partir”, mas aconselha o consumidor a “ não arriscar e não comprar estes colares”.