As “restrições de capacidade do aeroporto de Lisboa” causaram atrasos em 37 aviões da TAP por dia entre 28 de agosto e 11 de setembro, disse Antonoaldo Neves, presidente executivo (CEO) da TAP, esta quinta-feira, durante a audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
O CEO da companhia aérea mostrou aos deputados dados oficiais recolhidos nesse período que mostra que os “motivos de atraso [de voos da TAP] são devidos à restrição de capacidade do aeroporto de Lisboa”. Antonoaldo Neves garantiu também que a transportadora deixou de ter problemas de falta de tripulação em agosto.
Houve "37 voos por dia, em média, com atrasos na chegada a Lisboa por restrições de capacidade", afirma reforçando que "é preciso resolver esse problema" de pontualidade que “é crónico em Portugal”.
Segundo o ranking da empresa OAG, a TAP teve o sexto pior registo de pontualidade durante o mês de agosto, enquanto o aeroporto de Lisboa aparece em 21.º pior lugar devido À pontualidade.
"As companhias têm limite para trabalhar isso. A falta de pontualidade deve-se a limitação da infraestrutura", afirmou o CEO da TAP garantindo que a empresa “não sobrevive” se não conseguir cumprir as ligações de voos. "O modelo da TAP é de conexão [de ligações]", reforçou, quem perde conexão, não voa mais na TAP".