‘Quem precisa ser remodelado é António Costa’, diz Assunção Cristas

Para a líder do CDS, a remodelação no governo não “resolve os problemas do país”, porque quem deveria sair era o próprio primeiro-ministro

Assunção Cristas foi uma das primeiras líderes partidárias a reagir à remodelação do governo feita por António Costa e conhecida hoje. A dirigente do CDS considera as mudanças governamentais foram feitas "por arrasto" do caso do furto de Tancos e defende que tanto o executivo como o primeiro-ministro estão fragilizados.

Para a líder dos centristas, a remodelação "não é um reforço nem um exercício de autoridade, é a prova dos nove da extraordinária fragilidade do primeiro-ministro". Além disso, Assunção Cristas defendeu que a remodelação "veio por arrasto penoso de uma situação insustentável" com o caso do furto de armas de Tancos.

Durante o encerramento da escola de quadros da Juventude Popular (JP), em Peniche, a líder do CDS salientou ainda que as alterações foram feitas com "prata da casa" e "sem rasgo" e deu exemplos de ex-membros do governo de José Sócrates, como João Gomes Cravinho, o escolhido para substituir Azeredo Lopes e ocupar o cargo de ministro da Defesa.

Assunção Cristas afirmou que as mexidas no executivo não resolvem os problemas do país, porque "quem precisa de ser remodelado é António Costa", que "não tem estatura, não tem capacidade para liderar o Governo de Portugal".

A intervenção do governo na área da Saúde tem sido "profundamente criticada" pelos centristas e Assunção Cristas sublinhou que essa pasta ficou sem ministro e que a nova titular vai executar um Orçamento que "não preparou nem negociou". Para a líder do CDS, trata-se esta remodelação trata-se apenas de uma troca de caras para "fazer promessas que nunca serão cumpridas", como, por exemplo, os 50 milhões de euros para o hospital de Gaia.

Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje as exonerações dos ministros da Defesa, Azeredo Lopes, da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e a sua substituição, respetivamente, por João Gomes Cravinho, Marta Temido, Pedro Siza Vieira e Graça Fonseca, propostas que foram aceites pelo Presidente da República.