Marcel Keizer. Nova aposta de risco

Com um currículo pouco apelativo, os adeptos esperam que o técnico holandês se transforme no novo László Bölöni do Sporting, o romeno que chegou como perfeito desconhecido a Alvalade mas que continua a ser o último treinador que levou os leões à conquista do campeonato nacional, na época 2001/2002.

Quem? Mar quê? Keizer? Onde é que estava? Que clubes treinou? Não foram só os adeptos do Sporting a levantar este tipo de questões quando começou o zunzum sobre o sucessor de José Peseiro. E as dúvidas, afinal, não eram infundadas.

Além de ser holandês e de ter 49 anos, o trabalho desempenhado até aqui pelo agora novo comandante dos leões não suscitava grandes euforias – pelo contrário, podia até causar alguma desconfiança e desagrado entre os adeptos verdes-e-brancos.

Antes de aterrar definitivamente em Lisboa, no passado domingo, ainda a tempo de assistir ao Sporting-Chaves, Keizer podia ser encontrado no Médio Oriente, mais propriamente junto dos sauditas do Al Jazira, clube a que tinha chegado em junho passado, e a quem o Sporting pagou meio milhão de euros para que fosse permitida a sua viagem até Alvalade.

Além desta aventura na Arábia Saudita, Keizer havia passado por seis modestos clubes holandeses – UVS (onde iniciou a carreira de treinador em 2005), Argon, VVSB, Telstar, Cambuur e Emmen – e pela equipa B do Ajax, o único período de glória enquanto técnico, que o levou inclusive à equipa principal do emblema holandês, mas onde não conseguiu singrar.

A boa prestação demonstrada nas reservas do clube acabou por não ser conseguida na equipa principal, que acabou, à data, precocemente eliminada nas provas europeias, na Taça e a cinco pontos do então líder, o rival PSV Eindhoven.