Militar detido por homicídio de comando no quartel da Carregueira

Inicialmente foi apresentada tese de suicídio, que entretanto foi afastada pelas perícias laboratoriais

Um homem foi detido pela Polícia Judiciária Militar por suspeita de estar envolvido na morte de um militar no Regimento de Comandos, vítima de um disparo por arma de fogo.

“A Polícia Judiciária Militar informa que em cumprimento de mandado de detenção do Ministério Público de Sintra, procedeu à identificação e detenção de um indivíduo, pela presumível autoria de um crime de homicídio”, lê-se no comunicado da PJM a que o SOL teve acesso.

Ao SOL, fonte oficial do exército confirmou que a PJM e o Ministério Público estiveram esta quarta-feira no Regimento de Comandos para deter um militar. A mesma fonte referiu ainda que o militar detido se trata de uma praça – o nome dado a um grupo de militares com a formação mais básica no exército – e que a arma usada foi uma G3.

Os factos remontam a 21 de setembro de 2018, quando o militar Luís Teles morreu, vítima de um disparo por arma de fogo, no Regimento de Comandos, na serra da Carregueira, em Sintra.

O comunicado refere ainda que o detido vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Recorde-se que os contornos da morte do militar de 23 anos no quartel do Regimento dos Comandos, na serra da Carregueira, em Sintra, foram-se revelando cada vez mais complexos.

A primeira versão dos acontecimentos, e o que inicialmente foi relatado à família do militar, dava conta de que Luís Teles estaria à civil quando pediu uma G-3 a um colega, fazendo um disparo de seguida, sugerindo que a morte se tinha tratado de um suicídio.

Na altura, o i avançou que o militar estava de serviço na sexta-feira em que viria a morrer. E quem estava ao comando, ou seja, o oficial de dia era um dos arguidos da investigação à morte de dois jovens no 127 – o curso de comandos – que não estava impedido de exercer as suas funções.