Último mandato de Tomás Correia: As polémicas

Tomás Correia venceu as eleições da Associação Mutualista Montepio e avança assim para o quarto e último mandato

Santa Casa
•  O último ano do mandato de Tomás Correia ficou marcado pela entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e pelas críticas em torno deste investimento. A percentagem que chegou a ser falada, de 10% da instituição financeira – o que implicava investir cerca de 200 milhões de euros –, acabou por ser abandonada. Quando o acordo foi oficializado, o montante a investir baixou para os 75 mil euros e para uma participação simbólica, a rondar os 2%. 

•  A entrada da Santa Casa ainda não ocorreu, mas tanto do lado da mutualista como da instituição foi garantido que irá ocorrer até ao final do ano. 

OPA
•  A associação ficou com 98,3% do fundo de participação da Caixa Económica Montepio Geral ao adquirir o suficiente para sair do PSI20, uma vez que esta posição – aliada à participação direta – chega aos 99,7% do capital do banco, o correspondente a 2413 milhões de ações. A operação inseria-se no processo de transformação da CEMG em sociedade anónima. 

Processos
•  O caso dos terrenos de Coimbra remonta a 2009 e levou à constituição de 14 arguidos, entre os quais Tomás Correia, que à data era presidente da Caixa Económica Montepio Geral, Carlos Martins, do grupo Martifer, e Humberto Costa Leite, do grupo Vicaima e ex-presidente do Finibanco, entre outros. Em causa estava a venda de um terreno de 30 hectares. A aquisição do terreno, em 2010, decorre na mesma altura em que o Montepio lançava uma OPA sobre o Finibanco. O processo foi arquivado.

•  Outra polémica diz respeito a José Guilherme, depois de ter surgido a notícia de que Tomás Correia terá recebido 1,5 milhões do construtor conhecido por ter dado um “presente” de 14 milhões de dólares a Ricardo Salgado. Tomás Correia viu-se, por isso, envolvido num inquérito–crime no qual foi investigado por burla qualificada, abuso de confiança, branqueamento de capitais, fraude fiscal e corrupção.