“O Estado islâmico não foi erradicado, nem as suas raízes”, garante governo francês

Os cerca de mil efetivos militares franceses irão manter-se no norte da Síria, a combater as útimas bolsas de resistência do Estado Islâmico

Representantes do estado francês reafirmaram a determinação de não retirar os cerca mil soldados franceses, incluindo forças especiais, destacados no norte da Síria para combater o Estado Islâmico, juntamente com forças locais curdas e árabes.

Segundo diplomatas franceses, a decisão súbita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar as suas duas mil tropas do conflito sírio, apanhou Paris de surpresa. Trump escreveu no Twitter "vencemos o Estado Islâmico na Síria, a única razão para estarmos lá durante o mandato".

A ministra da defesa francesa, Florence Parly, reconheceu no Twitter que o grupo terrorista teria perdido a maioria do território, mas que a batalha ainda não estaria ganha: "O Estado islâmico não foi erradicado, nem as suas raízes. As últimas bolsas de resisência terão de ser derrotadas militarmente de vez".

O estado francês continua a tentar perceber exatamente o que significa o anúncio de retirada, dado que ainda não foi clarificado quando e a que ritmo acontecerá. "Já estamos habituados à admnistração Trump", afirmou um diplomata francês. 

A França é particularmente sensível à ameaça do Estado Islâmico, depois de vários ataques mortíferos no seu solo terem sido reinvindicados pela organização terrorista. Centenas de cidadãos franceses terão reforçado o grupo na Síria.

"Isto mostra que podemos ter diferentes prioridades, e que devemos contar com nós próprios primeiro" afirmou a ministra francesa da Europa, Nathalie Loiseau. "Para já, é claro que ficamos na Síria, porque a luta contra o Estado Islâmico é essencial" considerou.