A estimativa de crescimento para a Zona Euro, avançada esta segunda-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), baixou, tanto para o ano de 2018 como para o de 2019. Segundo a atualização do World Economic Outlook (WEO) – o relatório das previsões económicas mundiais – o PIB da Zona Euro deverá crescer em 2019 1,6%, ou seja menos 0,3 pontos percentuais do que as últimas previsões, feitas em outubro, apontavam.
Também a perspetiva para o ano que terminou agora foram revistas em baixa: as antevisões do FMI apontam para um crescimento do PIB da Zona Euro de 1,8%, no conjunto do ano de 2018. Este valor representa menos 0,2 pontos percentuais abaixo das previsões anteriores.
No entanto, para 2020 as estimativas de crescimento mantém-se em 1,7% do PIB, no conjunto das economias da Zona Euro.
"As taxas de crescimento desceram em muitas economias", principalmente na Alemanha, justifica a instituição liderada por Christine Lagarde. Na economia de Angela Merkel registou-se um fraco consumo privado associado a uma fraca produção industrial gerada pela introdução de novos padrões de emissões poluentes de veículos e a uma moderada procura externa.
A economia alemã deverá expandir-se, em 2019, 1,3%, segundo as previsões do FMI, uma descida de 0,6 pontos percentuais face às previsões de outubro. Também em 2018 as previsões baixaram 0,4 ponto percentuais dos 1,9% para os 1,5%.
Mas não foi só a economia alemã que influenciou a revisão em baixa do crescimento da Zona Euro. Também o abrandamento do PIB italiano, justificado pela fraca procura doméstica e maiores custos de financiamento – devido aos elevados juros da dívida –, e o PIB francês, motivado pelos protestos e a quebra de produção industrial, foram tidos em conta.
O crescimento da economia italiana deverá ser de 0,6% em 2019 e 1% em 2018, o que representa uma descida de 0,4 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente, quando comparado com as previsões anteriores. Já na economia francesa a descida foi menos acentuada, registando-se menos 0,1 pontos percentuais no crescimento. As previsões apontam, assim para um crescimento de 1,5% em França em ambos os anos.