40.º Aniversário do “monstruoso Satã”: not so happy birthday, ayatollahs!

1.Assinala-se hoje o 40.º aniversário da “Revolução Iraniana” , golpe que levou à deposição do Xá Pahlavi – e à instauração do bárbaro e assassino regime dos ayatollahs. No dia 11 de Fevereiro de 1979, o descontentamento social conduziu a uma ruptura de regime; o povo iraniano desejava o fim do “shah”, mas não inevitavelmente…

1.Assinala-se hoje o 40.º aniversário da “Revolução Iraniana” , golpe que levou à deposição do Xá Pahlavi – e à instauração do bárbaro e assassino regime dos ayatollahs. No dia 11 de Fevereiro de 1979, o descontentamento social conduziu a uma ruptura de regime; o povo iraniano desejava o fim do “shah”, mas não inevitavelmente uma nova forma de organização política e social autoritária, castradora e negadora dos mais elementares direitos humanos. 

No Irão, temos actualmente  – desde há quarenta anos – o Estado pária mais perigoso (juntamente com a China, embora o grau e a natureza dos riscos de ambos os Estados para a segurança internacional sejam diversos) para o futuro comum da humanidade. O que é, no fundo, o regime dos ayatollahs? É uma república teocrática, ou seja, há uma sobreposição perfeita entre os planos religioso e político – toda a política é religião; todos os assuntos religiosos são assuntos políticos.

A doutrina religiosa é a doutrina política a que todos os iranianos devem obediência – as críticas, as dissidências, o desvio da versão do islamismo que os aytollahs consideram ser a única “pura” são brutalmente reprimidas. E esta versão “pura” é o xiismo, na versão dos Ayatollahs, a escola de exegese mais radical da religião islâmica, que é, na sua essência, uma doutrina de ódio.

Ódio às restantes religiões, com destaque para o cristianismo e o judaísmo.

Ódio aos valores que estruturam a civilização ocidental.

Ódio à liberdade.

Ódio à igualdade.

Ódio à dignidade da pessoa humana, trocando-a pela adoração a uma entidade divina abstracta que se confunde com um sistema de proibições, de restrições, de desigualdades várias que vão perpetuando um regime que faz da morte a razão de ser da sua existência.

2.Infelizmente, o regime iraniano omite, oculta e deturpa factos sobre a sua realidade económica, política e social, dificultando – ou mesmo impedindo – uma análise rigorosa e pautada pela exactidão total daquele país. No meio de dúvidas e incertezas, porém, um facto é incontroverso e rigorosamente verdadeiro: o Irão é o principal exportador do terrorismo à escala global, financiando os grupos que se dedicam a espalhar o terror e a “carnificina do ódio” nas ruas europeias, norte-americanas e em algumas regiões do continente africano.

O regime dos ayatollahs iranianos que completa hoje quarenta anos de opressão do seu povo e de retórica inflamada contra o Ocidente – ou seja, contra todos nós –  é o “franchiser” terrorista mais bem sucedido das últimas décadas.

Qual é o objectivo derradeiro? O próprio líder Rouhani não o esconde: espalhar a Xaria, a lei muçulmana por todo o mundo, criando o grande espaço islâmico que lhes pertence. A Jihad – que os ayatollahs patrocinam – é o meio para chegar à imposição da Xaria; as leis muçulmanas, os postulados religiosos muçulmanos, na visão radical do xiismo, deverão substituir as leis seculares, a cultura judaico-cristã e os costumes “perversos” da “civilização ocidental”.

3.Neste sentido, o regime dos ayatollahs é globalista e é imperialista: globalista, porque reclama uma aplicação universal da lei islâmica na sua interpretação radical ao mundo que eles julgam  lhes pertencer por direito divino e histórico – devendo todos os crentes obediência ao “Supremo Líder”; e é imperialista, porque visa expandir o islamismo radical xiita para além das fronteiras do Irão, alcançando o seu “espaço vital”.

 Daí que tenham surgido fenómenos como o BDS, financiados, em parte,  pela elite do regime iraniano.

Daí que o Irão seja o patrocinador, mentor e pai (ao menos, adoptivo) do Hezbollah, grupo terrorista que espalha a morte e a destruição no Líbano.

Daí que o Irão apoie o Hamas, grupo terrorista que lança o caos, o sofrimento e derrama o sangue de pessoas inocentes na Faixa de Gaza.

Daí que o Irão esteja a tentar criar laços com os grupos mais extremistas (quer de esquerda, quer de direita) na Europa, explorando a sua narrativa anti-semita e anti-religiosa (mais precisamente, contra a cultura judaico-cristã).

Daí que o Irão, através das suas sucursais do terrorismo internacional espalhadas por todo o mundo, alimente  a narrativa de David Duke nos EUA – Rouhani é um herói para o KKK, nos dias que correm.  

Conclusão: o regime dos ayatollahs é o sucedâneo mais fiel aos impérios do mal nazi e soviético que ceifaram milhões de vidas no século XX.

Os três são imperialistas, globalistas , autoritários e totalitários. E os três têm como inimigo comum externo a comunidade judaica (agora simbolizada no Estado de Israel), encarada como a personificação dos pecados do Ocidente.

4.Pois bem, o Irão é uma ameaça para a segurança mundial – e sê-lo –á cada vez mais no futuro se os líderes políticos europeus persistirem a sobrepor os negócios aos valores. Em preferir o poder do dinheiro ao poder da democracia e da dignidade da pessoa humana.

Quem já conhece a falência do regime bárbaro e assassino que hoje completa quarenta anos é o próprio povo iraniano, que vive na miséria, privado das liberdades mais básicas , com uma economia cada vez mais débil. Os ayatollahs , ao invés de endereçarem os problemas do povo iraniano, tentando retirar os 33% (números que se conhecem)  da população da pobreza mais extrema – resolvem gastar dinheiro em operações militares, em desenvolvimento de armamento nuclear em contravenção das suas obrigações jurídicas internacionais e em luxos terrenos para os ayatollahs (vide a página “The Rich Kids of Teheran”, no Instagram e outras redes sociais, que expõe a corrupção e a vida faustosa dos filhos da elite do regime iraniano que se contrapõe à miséria da população).  

Um outro exemplo? Veja-se a forma como os ayatollahs resolveram assinalar o seu 40.º aniversário.

 Em vez de se dirigirem ao seu povo, preferiram falar, provocando, a comunidade internacional (designadamente, os EUA e Israel), anunciando o projecto de construção de mísseis balísticos de alta precisão – e revelando a fábrica onde decorre a execução de tal plano.

O chefe da Guarda Revolucionária do Irão, na passada quinta-feira, afirmou que a revelação deste projecto “underground” é uma “resposta à arrogância do Ocidente”. Mais acrescentou Ali Jafari que enviará uma barricada de mísseis contra Israel se algum político tiver a ousadia de criticar o Irão: a nação israelita será absolutamente dizimada.

Esta é que é a grande promessa dos ayatollahs ao seu povo – que se confronta com a falta de pão no seu dia a dia – no 40.º aniversário da Revolução Iraniana…

5.Ora, nós só sabemos deste projecto de mísseis balísticos de alta precisão porque as autoridades iranianas o divulgaram – o que significa que, por cada “provocação do Ocidente”, os ayatollahs têm um acervo de projectos de desenvolvimento de armamento sofisticado para responder…

Isto aliado às descoberta da Mossad, revelada no ano passado pelo Primeiro-Minsitro Netanyahu, de que o Irão mantém e até exponenciou o desenvolvimento de armamento nuclear , mostra à exaustão a mentira – e o erro monumental! – que foi o Acordo Nuclear assinado com os ayatollahs  pelo Presidente Barack Obama (com os europeus acoplados…).

Incrivelmente, os jornalistas e os políticos continuam a assobiar para o lado, ignorando os factos e persistindo no erro de considerar o Irão dos ayatollahs como um Estado com quem se pode negociar de boa fé…Só mesmo o brilho dos euros e das libras poderá conduzir a tamanha cegueira….

Certeiro esteve o Secretário de Estado do Presidente Donald Trump, o imparável e brilhante Mike Pompeo, ao dirigir-se directamente ao povo iraniano, numa mensagem em persa, mostrando solidariedade para com a sua luta por mais liberdade e melhores condições de vida.

Defender o povo iraniano implica necessariamente ser contra o regime dos ayatollahs.

O povo iraniano – que é um povo fantástico – não merece o regime bárbaro que o subjuga. Que condena mulheres e homossexuais à pena de morte por “blasfémia”…

6.Uma conclusão, para nós, é certa: neste dia do 40.º aniversário da Revolução dos radiciais iranianos, os Ayatollahs podem ter a certeza que os anos que o seu regime já viveu são bem mais do que aqueles que ainda viverá!

A voz do povo far-se-á ouvir nas ruas de Teerão mais depressa do que o bárbaro regime possa antecipar…Not so happy birthday, falling  Rocket Ayatollah regime!

joaolemosesteves@gmail.com