Inquérito a capitão da GNR por apoio a prova automóvel

Enquanto esteve de baixa, Adelino Silva fez parte da segurança de um circuito automóvel

O capitão Adelino Silva, do Destacamento Territorial da GNR de Barcelos, foi denunciado por apoiar a organização da Rampa Internacional da Falperra, uma competição automóvel. Segundo apurou o i, Adelino Silva terá sido denunciado anonimamente por militares da GNR de Braga, insatisfeitos com a ação disciplinar que exerceu enquanto comandante do Destacamento Territorial da GNR de Braga.

Este oficial ficou conhecido quando apanhou em flagrante delito soldados a dormir nas horas de serviço e outros em pijama, também no seu horário laboral. Agora a comandar o Destacamento Territorial da GNR de Barcelos, Adelino Silva encontra-se de baixa médica há cerca de três meses e foi convidado pelo Clube Automóvel do Minho (CAM) para dar apoio na segurança da prova. 

Segundo Rogério Peixoto, presidente do CAM, o oficial constitui “uma mais-valia” por ter um mestrado em Ciências Policiais e Militares, além de conhecer bem o meio do automobilismo. No CAM, nenhum dos elementos recebe qualquer tipo de compensação financeira, pelo que a abertura de um inquérito interno deixou incrédula a própria GNR.

A situação revela-se ainda mais estranha tendo em conta que o trabalho do capitão Adelino Silva tem sido considerado decisivo para a segurança e a inexistência de feridos entre as cerca de 200 mil pessoas que todos os anos acorrem, em autêntico ambiente de romaria, para ver a Rampa Internacional da Falperra, em Braga. 

Evitou invasão de pista

A última intervenção conhecida do capitão Adelino Silva foi quando, há uma semana, na última prova oficial, a chamada “tira- -teimas”, da 40.a Rampa Internacional da Falperra, o oficial evitou a invasão da pista.

O caso ocorreu aquando do despiste do piloto francês Sébastien Petit em aparatoso choque contra os rails que levou ao cancelamento da prova. Na altura, o público pretendia entrar na pista para ver melhor os destroços do Norma M20 FC.