Portugueses demoram cinco vezes mais a receber medicamentos inovadores do que alemães

Observatório Português dos Sistemas de Saúde propõe que Infarmed passe a ser independente do Ministério da Saúde.

A demora no acesso a medicamentos inovadores por parte dos portugueses é um dos alertas da edição deste ano do Relatório da Primavera, que propõe um conjunto de dez medidas para que se passe a antecipar melhor os ciclos de introdução de inovação no mercado, envolver mais os doentes e definir um quadro orçamental de decisão plurianual que ligue a inovação no SNS à sustentabilidade do financiamento. E para separar avaliação técnica das decisões de comparticipação, o observatório defende que o Infarmed passe a ser uma entidade reguladora independente, deixando de estar na dependência hierárquica do Ministério da Saúde.

O observatório analisou a evolução das moléculas inovadoras autorizadas em Portugal e conclui que, na última década, houve “flutuações significativas”, determinadas também por ciclos de contenção de custos no SNS, nomeadamente no período de ajustamento. Ainda assim, a demora no acesso à inovação mantém-se já depois da saída da troika, concluem, citando um estudo comparativo realizado pela associação europeia da indústria farmacêutica, que revela que Portugal surge no terceiro lugar em termos de demora no acesso a inovação.

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