Assunção Cristas quer que alunos sem vaga na universidade pública possam pagar para entrar

Estudantes que falharem entrada no sistema público devem ter direito a nova oportunidade a preços de mercado.

A líder do CDS, Assunção Cristas, defendeu esta terça-feira que é preciso criar mais vagas no ensino superior público para quem falhou à entrada no sistema do Estado. O objetivo é encontrar, “dentro do quadro de autonomia, vagas adicionais para que os alunos possam aceder, de acordo com as regras do concurso nacional de acesso, pagando um preço de mercado”.

Todos os anos é definido o número de vagas por curso no setor público, além de um contingente para estudantes estrangeiros, que pagam os valores de mercado para ter acesso a essas vagas extra. “Entendemos que não faz sentido que estudantes portugueses que ficaram de fora e que tenham condições para pagar em condições análogas não possam aceder a essas vagas”, declarou a líder centrista. O objetivo é que “haja mais oportunidades e mais oferta para quem não fica colocado dentro do numerus clausus existente”, insistiu Cristas, citada pela Lusa.

De acordo com os centristas, o “Estado só manda abrir as vagas que está em condições de financiar”. Por isso, se os alunos que falham a primeira tentativa de entrar no sistema público conseguirem ficar com a vaga a preços de mercado, o financiamento adicional para as vagas está acautelado pelos estudantes que quiserem aderir a esta modalidade.

Ontem, o CDS também apresentou algumas propostas para o apoio dos idosos. Assim, Assunção Cristas defendeu que é possível colocar um telefone na casa do idoso que viva isolado com o objetivo de quebrar esse isolamento. Seria uma forma de o idoso contactar uma instituição de apoio ou alguém que o pudesse ajudar nalguma tarefa do dia-a-dia. A medida, segundo o CDS, passa pela articulação entre autarquias e o setor social para criar “uma verdadeira rede nacional de apoio” e assegurar “aos idosos que estejam completamente isolados, sozinhos, que possam ter um contacto para acionar em caso de necessidade”.