Costa diz que greve dos motoristas é uma “luta que o país não percebe”

Na opinião do primeiro-ministro, a greve não faz sentido neste momento, visto os motoristas estarem a  focar-se nos “aumentos salariais de 2021 e 2022, quando já estão acordados aumentos salariais de 250 euros para janeiro de 2020”.

António Costa afirma que a greve dos motoristas de matérias perigosas, anunciada para o próximo dia 12 é uma “luta que o país não percebe”. Na opinião do primeiro-ministro, a greve não faz sentido neste momento, visto os motoristas estarem a  focar-se nos “aumentos salariais de 2021 e 2022, quando já estão acordados aumentos salariais de 250 euros para janeiro de 2020", declarou à Lusa. 

Costa acrescenta ainda que a situação lhe traz um “claro sentimento social de revolta e incompreensão”. Apesar de reconhecer que "o direito à greve é um direito legirímo de todos os trabalhadores" diz ser necessário interromper o trabalho com "a devida proporcionalidade e com a devida razoabilidade".

O primeiro-ministro apelou tanto aos patrões como aos motoristas para chegarem a um entendimento na próxima reunião, marcada para a próxima segunda-feira. “É a última oportunidade para que haja uma solução acordada”, referiu.

No caso de a greve ir mesmo para a frente, face à falta de acordo, António Costa garantiu que “o Governo está neste momento preparado para adotar todas as medidas do ponto de vista legal e operacional para minorar tanto quanto possível os efeitos de uma eventual greve”, no entanto, sublinha que as medidas governamentais "permitirão mitigar, mas não resolver”.