Mais de 5 milhões de euros em cocaína apreendidos na Mealhada

Acredita-se que as intervenções da PJ, do Destacamento de Trânsito de Coimbra da GNR e da Guardia Civil conduziram ao desmantelamento de uma rede de tráfico de estupefacientes que introduzia elevadas quantidades de droga na Península Ibérica.

Um homem de 40 anos e de nacionalidade espanhola foi detido, pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ), na posse de cocaína suficiente para produzir 1 milhão e 750 mil doses individuais – com um valor comercial de mais de 5 milhões de euros – transportada por via rodoviária. A ação de identificação e detenção teve lugar há cerca de quatro semanas na região da Mealhada, no distrito de Aveiro.

A informação foi avançada através do site oficial da força de segurança anteriormente referida, sendo que "o produto estupefaciente vinha dissimulado num atrelado/reboque de transporte de mercadorias, especificamente preparado para a ocultação" do mesmo. O atrelado tinha um mecanismo que "permitia separar a superfície de carga do restante chassis, ocultando assim um fundo falso, com capacidade para transportar mais de 300 kg daquele produto". A PJ sabe que se trata de uma operação desenvolvida "por uma organização criminosa altamente organizada e sofisticada" devido a fatores como a quantidade e qualidade da cocaína, a forma como foi transportada e os aparelhos eletrónicos que se encontravam na posse do arguido.

Sublinhe-se que, no início desta semana, a Guardia Civil avançou com buscas e detenções de mais 13 pessoas em Espanha, que "permitiram a recolha de uma grande quantidade de prova material, para além de dinheiro, veículos e equipamento eletrónico altamente especializado, confirmando a elevada sofisticação da organização". Acredita-se que as intervenções da PJ, do Destacamento de Trânsito de Coimbra da GNR e da Guardia Civil conduziram ao desmantelamento de uma rede de tráfico de estupefacientes que introduzia elevadas quantidades de droga na Península Ibérica.

No texto divulgado pela PJ é possível ler igualmente que "considerando o elevado grau de pureza do estupefaciente apreendido, aquele seria certamente objeto de transformação, permitindo triplicar os valores referidos uma vez introduzido no mercado para consumo".

O alegado criminoso foi presente a primeiro interrogatório e foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva até ir a julgamento.