O médico legista que realizou a autópsia ao corpo de Luís Grilo foi ouvido, esta terça-feira , durante a oitava sessão do julgamento da morte do triatleta, que decorreu no Tribunal de Loures. De acordo com o testemunho do clínico, ouvido através de videoconferência, o cadáver de Luís Grilo não tinha qualquer órgão.
De acordo com a jornalista da SIC Ana Paula Félix, que assistiu ao julgamento, o perito indicou que o corpo do tritaleta “estava completamente vazio”.
"O procurador [do Ministério Público] quis saber como é que estavam os órgãos de Luís Grilo, ao que este médico respondeu que o corpo não tinha qualquer órgão. Não tinha rins, não tinha pulmões, não tinha nada. Estava completamente vazio. Foi assim que o médico legista se referiu ao corpo de Luís Grilo", relatou a jornalista, durante a emissão do programa ‘Linha Aberta’.
O perito foi ouvido para tirar algumas dúvidas dos advogados de defesa, em relação ao número de projéteis encontrados no corpo do triatleta. Havia a dúvida se tinha sido um ou dois.
O médico legista terá dito que não “tem dúvidas” de que encontrou apenas um projétil na cabeça de Luís Grilo.
Recorde-se que na sessão da semana passada, a 23 de outubro, um perito da PJ disse que a arma do amante de Rosa Grilo, António Joaquim, foi "manipulada" para dificultar a investigação.
Esta terça-feira, além do médico legista, foram ainda ouvidas outras testemunhas chamadas pela defesa de Rosa Grilo a depor a favor da viúva. Américo Pina, pai de Rosa Grilo, acabou por ser expulso da sessão, depois de se exaltar.
O corpo de Luís Grilo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição a 24 de agosto de 2018, mais de um mês depois do seu desaparecimento.
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