Menino autista morreu depois de professoras o colocarem de cabeça para baixo mais de uma hora como castigo

Enquanto estava de cabeça para baixo, Max urinou nas calças, depois de ver o seu pedido para ir à casa de banho negado, e vomitou. Nem assim, o castigo parou. 

Três ex-funcionários de uma escola para alunos com necessidades especiais e a Guiding Hands School, Ic., entidade que detinha e geria o estabelecimento de ensino, foram acusados, esta quarta-feira, do homicídio involuntário de um aluno, em El Dorado, no Estado norte-americano da Califórnia.

Cindy Keller, diretora-executiva e administradora do site da escola, Staranne Meyers, diretora, e Kimberly Wohlwend, professora de educação especial, podem enfrentar até quatro anos de prisão se forem consideradas culpadas na morte de Max Benson, de 13 anos, em novembro de 2018.

Segundo a acusação, citada pelo The Sacramento Bee, Kimberly Wohlwend colocou a vítima, que sofria de autismo, de cabeça para baixo, com a ajuda das outras arguidas. Max terá ficado naquela posição cerca uma hora e 45 minutos, acabando por urinar nas calças, depois de ver o seu pedido para ir à casa de banho negado, e vomitar antes de ficar inconsciente.

O menino terá sido punido depois de alegadamente cuspir num colega durante uma aula, porque não estava a receber apoio de nenhum adulto.

Max foi levado para o hospital, mas no dia seguinte foi-lhe declarada morte cerebral.

Na altura do acidente, o Departamento de Educação da Califórnia considerou que os funcionários daquela escola utilizavam “uma quantidade de força que não é razoável, nem necessária naquelas circunstâncias” e ordenaram o encerramento do estabelecimento de ensino.

A acusação refere ainda que as funcionários não prestaram uma assistência médica competente depois de a vítima ficar inconsciente, já que foram preciso pelo menos 10 minutos para uma enfermeira da escola chegar e meia hora para que os paramédicos fossem chamados.

No domingo será realizada uma vigília por Max.