CGD avançou com emissão de 500 milhões e procura foi superior à oferta

Reino Unido, França, Portugal, Holanda, Espanha e Itália foram os principais investidores. 

A Caixa Geral de de Depósitos avançou com uma emissão de 500 milhões em títulos de dívida sénior não preferencial, com o prazo de cinco a anos e a uma taxa de juro de 1,25%. A operação foi conduzida por cinco bancos: CaixaBank, HSBC, Morgan Stanley, NatWest Markets e Société Générale. De acordo com a instituição financeira, a procura foi sete vezes superior à oferta e “foi a primeira emissão deste tipo de dívida realizada por um Banco Português, no seguimento da aprovação do seu enquadramento legal”.

A emissão foi colocada exclusivamente junto de investidores institucionais, na sequência do roadshow que se realizou nos dias 14 e 15 de novembro em Lisboa, Paris e Londres, durante o qual a CGD realizou reuniões com cerca de 40 investidores. Ao todo o livro recebeu cerca de 220 ordens, ultrapassando os 3500 milhões de euros, pelo que a procura foi mais de 7 vezes superior à oferta disponível de apenas 500 milhões de euros. Na distribuição geográfica da colocação junto dos investidores destacaram-se o Reino Unido (28%), França (16%), Portugal (16%), Holanda (8%), Espanha (8%), e Itália (7%).

Por tipo de investidores salienta-se as gestoras de ativos, que tomaram mais de 70% do total da emissão.
Esta emissão é a terceira colocada nos mercados de dívida internacionais desde o início da implementação do Plano Estratégico 2017-2020, “todas com diferentes níveis de subordinação, melhorando o perfil de risco da Caixa”.

De acordo com o banco liderado por Paulo Macedo, a “receção e interesse manifestados por parte dos investidores refletem a evolução positiva registada pela CGD na implementação do Plano, nomeadamente pela melhoria de rentabilidade, solvabilidade e qualidade dos ativos, traduzindo-se numa significativa diminuição do custo de financiamento da Caixa”.

Recorde-se que, os lucros do banco público subiram 73,5% para 640,9 milhões nos primeiros nove meses do ano. O banco liderado por Paulo Macedo explicou que, entre janeiro e setembro, do resultado líquido consolidado apresentado, 481,4 milhões de euros são referentes a resultado da atividade corrente e os restantes 159 milhões de euros do impacto relativo à venda de operações no estrangeiro (Espanha e África do Sul), por reversão parcial de imparidades.