David Neeleman reforça compromisso com o futuro da TAP

Maior acionista privado da companhia aérea nacional reage em comunicado às notícias que dão conta da sua intenção de vender a sua participação na empresa.

David Neeleman reagiu às notícias das últimas horas que dão conta da sua intenção de vender a sua participação no consórcio Atlantic Gateway, proprietário de 45% da TAP. Através de um longo comunicado, o maior accionista privado da companhia aérea nacional reforça o seu compromisso com a empresa: “estou cada vez mais entusiasmado com o futuro da TAP”.

Na nota, David Neeleman destaca o que já foi feito, desde 2015, altura em que se deu iniciou o processo de privatização da empresa, considerando que a TAP “precisa de foco e os seus trabalhadores de paz para continuar a implementar o que tem que ser feito”. “É muito importante para Portugal que sejamos todos bem-sucedidos. A TAP precisa de foco e os seus trabalhadores de paz para continuar a implementar o que tem que ser feito, que é o melhor para TAP. Especulações e outro tipo de manobras em nada ajudam a este extraordinário projeto tão relevante para Portugal”, afirma.

A tensão entre o Estado, acionista maioritário, e o parceiro Humberto Pedrosa e David Neeleman tinha vindo a acentuar-se, atingindo um ponto sem retorno na sequência dos resultados referentes ao primeiro semestre deste ano, período em que a TAP registou prejuízos de 118 milhões, o que representa o pior resultado homólogo desde 2015, e o polémico pagamento de prémios, neste período, a 180 trabalhadores, no valor de 1,171 milhões.

Segundo o Jornal de Negócios, existe a possibilidade desta alteração na estrutura acionista da TAP ficar concluída até ao final do primeiro trimestre de 2020, ainda antes da apresentação dos resultados financeiros de 2019. A saída de Neeleman é dada como certa, podendo acontecer mesmo que não seja encontrado um investidor direto para a compra da sua parte, existindo a possibilidade do reforço da participação de Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, ou do acionista Estado. Em cima da mesa, está ainda a hipótese de entrada de novos acionistas portugueses, com atividade no setor do turismo.