Utente tentou agredir médica grávida após várias ameaças em Lisboa

Sindicato dos Médicos da Zona Sul denunciou o caso e responsabiliza o Ministério da Saúde “pela falta de eficácia das medidas tomadas”.

Uma médica, grávida, foi alvo de uma tentativa de agressão por parte de uma utente, na semana passada, no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), denunciou esta segunda-feira o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS/FNAM).

“A médica grávida desaconselhou a troca de medicamentos pretendida por um utente e, perante essa situação, o utente iniciou uma escalada de violência, proferindo ameaças verbais contra a integridade física da médica e tentando dar-lhe um murro, depois de esta ter dito que iria chamar a equipa de segurança. Posteriormente, o utente continuou com ameaças verbais na sala de espera, perturbando o bom funcionamento do serviço”, refere o Sindicato em comunicado, realçando que este é ”mais um caso inaceitável, que evidencia a falta de segurança nos locais de trabalho” e uma situação de “gravidade extrema, que comprova a ineficácia do Gabinete de Segurança criado pela Ministra da Saúde”.

“O SMZS/FNAM responsabiliza as entidades patronais pela insuficiência de condições de trabalho que põe em causa a segurança dos profissionais médicos, assim como o Ministério da Saúde pela falta eficácia das medidas tomadas”, lê-se.

O SMZS/FNAM informa ainda que irá prestar apoio jurídico à colega, “em nome da defesa dos seus associados e em defesa do Serviço Nacional de Saúde”.