A caminho da catástrofe

E enquanto o mundo se desmorona, o principal responsável pelo alastramento da pandemia que nos vergou, e há que dizê-lo sem constrangimentos nem receios de a ofender, a China, já recuperou da crise da qual é a obreira.

A caminho da catástrofe

 

A globalização, que progressivamente se apoderou do nosso quotidiano, atingiu agora o seu máximo expoente, com o mundo inteiro a vergar-se perante um vírus exportado por um país oprimido por um regime ditatorial e enraizado em ideologias comprovadamente obsoletas, e disposto a alargar a sua influência muito para além das suas fronteiras, seja a que preço for.

Reconheço que não possuo conhecimentos científicos suficientes que me permitam discordar do método de combate à doença adoptado por Portugal e pela generalidade dos outros países. De igual forma também não estou habilitado para criticar outros governos que optaram por uma estratégia oposta à nossa, sobretudo sabendo-se que os resultados obtidos não divergem, pela negativa, daqueles com que somos confrontados.

Nunca tive pachorra para os treinadores de bancada que se julgam mais sapientes de quem se preparou, com mérito, para o ofício cuja metodologia aqueles se atrevem a pôr em causa. Por isso não pretendo ir por esse caminho.

Mas há dados, relativos à pandemia que nos vem aterrorizando, que não carecem de um especial estudo para poderem ser interpretados. O primeiro, indiscutível, é o de que as consequências fatais da doença se fazem sentir, quase em exclusivo, nos mais vulneráveis, ou seja, nos idosos e em quem sofre de outro tipo de patologias.

Aconselha, assim, a prudência, que é sobre esses que deve ser exercido um maior esforço de protecção, nomeadamente confinados a um isolamento efectivo.

Ainda assim outro factor tem que ser levado em conta. A taxa de mortalidade do covid-19 é bastante baixa, não se afastando muito de outras enfermidades, como a gripe ou a pneumonia, que anualmente ceifam milhares e milhares de vidas por esse planeta fora.

E, atenção, que os números que nos são vendidos, quanto à percentagem de mortos sobre a totalidade dos infectados, é enganadora! Certamente que a quantidade de pessoas que já contraíram a doença é bastante superior às que foram identificadas, porque somente são submetidos ao respectivo teste aqueles que têm sintomas mais graves. E a grande maioria dos contaminados por este vírus apresentam ligeiros sinais desta patologia, que em nada a diferencia de uma simples gripe, pelo que não recorrem aos serviços de saúde.

É com base nestes pressupostos que deve ser avaliada a modalidade de contenção da doença que tem vigorado.

Logo no início da crise, e quando já não restavam dúvidas de que o vírus se tinha disseminado pelo nosso País e muitas vozes se faziam ouvir para que as escolas fossem de imediato fechadas, Costa garantia que a decisão governamental seria tomada com base num parecer técnico, assente em estudos científicos.

Reuniu-se, para o efeito, o Conselho Superior de Saúde e a sua recomendação foi no sentido de que as escolas deveriam continuar a funcionar, com cautelas redobradas.

Que fez o governo? Cedeu à pressão dos tais treinadores de bancada e determinou o encerramento de todas as escolas, públicas e privadas. Tratou-se, pois, de uma decisão política e não técnica.

Depois, como bem sabemos, e no final da estranha e incompreendida reclusão do mais alto magistrado da Nação, veio a imposição do estado de emergência!

Repito que não me considero competente para discordar deste procedimento, mas há questões, legítimas, que se levantam e devem ser tidas em conta. Apesar da grande maioria dos países, em particular os da UE, terem vindo, gradualmente, a adoptar a mesma política por nós seguida, outros há que recorreram a uma estratégia bem diversa.

A imprensa, fiel ao poder político vigente, encarregou-se, primeiro, de espalhar o pânico junto das populações, para depois veicular somente a teoria do isolamento social total, censurando qualquer opinião em contrário e legitimando, dessa forma, as decisões das autoridades estatais.

E este fenómeno não se verifica apenas à escala nacional, bem pelo contrário, tal como o vírus, espalhou-se também por todo o mundo.

Veja-se como recentemente as duas principais redes sociais apagaram um vídeo do presidente brasileiro, sob a acusação de se tratar de um perigo para a saúde pública mundial, apenas porque ele fazia a apologia de que os saudáveis regressassem ao trabalho e a quarentena obrigatória ficasse reservada para as pessoas de risco.

Este comentário de Bolsonaro, tal como outros, na mesma linha, que têm sido defendidos por Trump, daí os dois serem sistematicamente acusados pela imprensa de irresponsáveis e instigadores de um genocídio, longe de reflectirem a opinião exclusiva daqueles dois presidentes, eleitos democraticamente pelos seus povos, vão ao encontro da estratégia assumida por outros países, cujo apego à democracia não pode ser questionado.

A Suécia, ainda hoje um modelo de sociedade tão querido pelos mais idealistas, pôs em prática as tais ideias censuradas de Bolsonaro, mantendo em isolamento social apenas as pessoas de mais idade ou portadoras de outras patologias e permitindo que os diversos sectores da economia, nomeadamente restaurantes e bares, continuem em laboração.

Mas, claro, o governo sueco, sendo de esquerda, está isento de qualquer crítica por parte dos mensageiros do politicamente correcto.

Também o Japão e Israel entenderam por bem seguir o mesmo modelo e na Islândia as escolas não foram encerradas.

Uma característica comum a estes países é a de que o número de infectados se encontra em níveis inferiores aos observados naqueles que preferiram obrigar quase toda a gente a permanecer recolhida nos seus lares.

Tomando como exemplo a Suécia e comparando-a com Portugal, com populações de dimensão semelhante verifica-se que a quantidade de doentes e de fatalidades estão muito próximas.

O bom senso aconselha, assim, que se estudem, sem preconceitos pré-estabelecidos, e tomando em conta sobretudo os pareceres técnicos de quem está qualificado para se pronunciar sobre o assunto, outras alternativas diferentes daquela que tem sido assumida, por forma a que a actividade económica do País não continue paralisada por muito mais tempo.

E é de todo descabido que quem tem como missão decidir sobre esta matéria se socorra de sondagens favoráveis a que o rumo vigente se mantenha. Querem-se decisões sábias e não populismos!

Obviamente, uma percentagem maioritária da população portuguesa ainda não sentiu na pele os efeitos da quarentena a que tem estado sujeita.

Os funcionários públicos estão resguardados; os que recolheram às suas habitações mantém o seu integral salário e a progressão na carreira não está em causa.

Quem está a trabalhar à distância, porque as novas tecnologias assim o permitem, também está descansado e, em certa medida, reconfortado com a situação, porque as insuportáveis deslocações para o emprego estão suspensas.

Os estudantes igualmente não estão preocupados, bem pelo contrário, a ausência da escola somente os anima.

Para os reformados é-lhes indiferente, porque as suas reformas estão-lhes garantidas.

Mas depois há os outros! Os que não podem passar sem trabalhar, senão vêem-se impossibilitados de se sustentar a si e às suas famílias. 

Se os portugueses não regressarem brevemente a uma ocupação laborar normal, as consequências para a sua vida futura serão devastadoras, com o desemprego e a fome a disseminarem-se bem mais depressa do que o coronavírus.

A crise que a todos nos afligiu no início da década passada, e que nos forçou a abdicar de parte considerável da nossa soberania, depositando-as nas mãos de instituições financeiras internacionais, parecerá uma coisa menor comparada com a que nos espera agora.

Tem sido recorrente apregoar-se a teoria de que a saúde está acima da economia. Errado! Ambas estão associadas, não podendo sobreviver uma sem a outra. Se é verdade que a pujança da economia assenta no reforço de uma população saudável, também não é menos verdade que a saúde das pessoas depende também, e muito, da sua situação económica.

E a economia portuguesa, para mal dos nossos pecados, está longe de ser exemplar, pelos que as ajudas financeiras com que o governo nos tem acenado não passam de uma miragem.

Há que perceber, de uma vez por todas, que o Estado não tem dinheiro, limita-se a gerir aquele que é de todos nós. Em consequência, não será o Estado a suportar os encargos resultantes da ausência da actividade económica de milhares de empresas, em particular daquelas que estão a recorrer à lay-off, mas sim a factura sairá dos bolsos dos contribuintes, ou seja, de todos nós.

Nem a promessa de que os despedimentos não serão tolerados vai garantir a salvaguarda de todos os postos de trabalho.

As Catarinas e os Jerónimos cá da praça insistem em nos fazer acreditar de que todos os empresários deste País são ricos. Nada mais falso, milhares de pequenos empresários, que constituem a maioria do nosso tecido empresarial, dispõem, nas suas respectivas contas bancárias, de um saldo muito parecido ao dos trabalhadores a quem pagam o salário.

Ora se estes empresários estão impedidos de facturar, por via da paragem forçada das suas empresas e estabelecimentos, naturalmente que vão, rapidamente, ficar sem fundos que lhes permitam continuar a pagar o ordenado dos seus empregados.

Este é o cenário que nos espera. Catastrófico, sem dúvida!

E não nos está reservado apenas a nós, portugueses. Desta vez não estamos sozinhos, outros povos vão sofrer tanto, ou mais, do que nós.

Há que ter a consciência de que o vírus que nos persegue não vai ser erradicado nos tempos mais próximos, vamos ter de conviver com ele durante um período temporal bem mais extenso do que aquele que nos tem sido sugerido.

Por isso, e para atenuar as consequências desastrosas para a nossa vivência em sociedade, que já se fazem sentir mas que irão ser fortemente agravadas se persistirmos neste status quo, exige-se dos nossos políticos que, em coordenação com os seus parceiros europeus, se necessário, procurem uma solução de meio termo, em que se protejam os mais fracos e se imponha o regresso ao trabalho dos mais fortes.

Somente assim poderemos ter esperança de que aquilo que nos espera não seja uma vida sem futuro! 

E enquanto o mundo se desmorona, o principal responsável pelo alastramento da pandemia que nos vergou, e há que dizê-lo sem constrangimentos nem receios de a ofender, a China, já recuperou da crise da qual é a obreira, tendo controlado a propagação da doença com uma rapidez suspeita e sem que os principais centros nevrálgicos do país tenham sido atingidos. Saiu quase incólume do pandemónio que gerou, considerando que para uma população superior a mil milhões de almas, perdeu menos vidas do que países, como a Itália e a Espanha, cuja densidade populacional é uma ínfima parte da chinesa.

A China aproveita-se, agora, das fragilidades das instituições ocidentais para se apropriar de lucros inimagináveis. Sem terem que disparar um único tiro, os seguidores de Mao lograram obter aquilo de que o seu mentor jamais foi capaz de alcançar!

E, para o efeito, suporte internacional não lhes tem faltado, a começar pela Organização Mundial de Saúde a qual, apesar do alarmismo que não se cansa de proclamar, não nos esqueçamos de que começou por criticar abertamente os controlos fronteiriços aéreos impostos pelos Estados Unidos.

Trata-se de uma instituição das NU que é dirigida por um antigo ministro etíope comunista, que nem sequer médico é, mas sim biólogo, e com ligações evidentes ao regime chinês.

Claro que isto não passa de teorias da conspiração, as quais, tal como as bruxas, não existem, mas que as há, há!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pedro Ochôa