A estupidez das passagens administrativas

Da mesma forma que embarcam nos posts das redes sociais que também entraram na quarentena, e não faltam vídeos a mostrar como estão a viver este momento. Veremos é como vão reagir daqui para a frente, quando todos os filmes caseiros se esgotarem.

Os portugueses são umas criaturas muito curiosas. Podem – a maioria – nunca ter ouvido falar dos dramas de Timor, saber pouco do 11 de Setembro, dos ataques ao Charlie Hebdo e demais atentados ou chacinas internacionais, mas, sempre que essas notícias são divulgadas nas redes sociais, são aos milhares a trocar a sua foto de apresentação do Facebook por uma do atentado. No caso de Timor, é certo que a manifestação se fez nas ruas, com as pessoas a darem as mãos num cordão humano gigantesco. Afinal, ainda não havia redes sociais e a rua ainda era o ecrã de muita gente.
Vem esta conversa a propósito do bom comportamento dos portugueses no que diz respeito à quarentena forçada. É verdade que há quem aproveite a primeira oportunidade para furar o estado de emergência, mas a maioria tem respeitado escrupulosamente a proibição de sair de casa, salvo quando vai ao supermercado e à farmácia ou para levar o cãozinho a passear. Da mesma forma que embarcam nos posts das redes sociais que também entraram na quarentena, e não faltam vídeos a mostrar como estão a viver este momento. Veremos é como vão reagir daqui para a frente, quando todos os filmes caseiros se esgotarem.

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