Covid-19 obriga maçons a desconvocar eleições

Sucessor de Fernando Lima só será escolhido quando acabarem medidas restritivas. Maçons aconselhados a evitar reuniões por Skype. Não devem, em caso algum, referir cargos ou nomes simbólicos.

Covid-19 obriga maçons a desconvocar eleições

As eleições para escolher o sucessor de Fernando Lima à frente do Grande Oriente Lusitano (GOL) estava marcadas para dia 6 de junho, mas foram desconvocadas devido à pandemia. O grão-mestre do GOL explica, numa mensagem enviada a todos os maçons, que "quando estiverem reunidas condições, serão convocadas eleições".

Fernando Lima explica que a realização das eleições na data prevista "implicaria a colocação em risco da saúde e, consequentemente, da vida" dos maçons. O atual grão-mestre está há nove anos no cargo, mas já anunciou internamente que não tenciona recandidatar-se. 

Os trabalhos estão praticamente parados devido às restrições por causa do coronavírus. Alguns maçons ainda tentaram retomar as reuniões por Skype, mas já foram alertados de que devem cumprir "regras de prudência" e "bom senso" quanto utilizarem plataformas digitais."Os encontros virtuais de obreiros de uma oficina devem manter-se estritamente no âmbito das relações fraternas e de amizade, não se devendo, em caso algum, seguir qualquer ritual, referir cargos ou nomes simbólicos", refere uma mensagem enviada aos maçons.

 

Maçons em dificuldades dispensados de pagar quotas

Os maçons que tenham perdido rendimentos por causa da crise provocada pela pandemia estão dispensados de pagar quotas. "Todos os obreiros que tenham perda efetiva total ou substancial de rendimento em consequência das limitações ao exercício da sua atividade profissional resultantes da pandemia" podem solicitar a dispensa desse pagamento, de acordo com uma mensagem enviada aos elementos do GOL. Os maçons dão, em média, uma contribuição de 22,5 euros por mês.