O primeiro-ministro, António Costa, garantiu, esta quarta-feira, que no próximo ano letivo será assegurada a “universalidade do acesso digital” e adiantou que a reabertura das escolas para os alunos do ensino secundário nunca irá ocorrer antes do dia 4 de maio.
O governante participou, ao lado do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na apresentação do projeto #EstudoEmCasa, que a partir da próxima semana arranca através da RTP Memória. Depois de elogiar o “extraordinário esforço” que as famílias, professores e alunos têm feito para se adaptar “à nova realidade, Costa assegurou que "no início do próximo ano letivo será assegurada a universalidade do acesso digital".
"Soubemos que há um conjunto de alunos que não têm acesso às plataformas digitais e por isso era preciso complementar a oferta (digital) com uma nova oferta que chegasse a todos e foi por isso que criámos este programa do #EstudoemCasa através da RTP Memória. Não para relembrar a velha telescola mas para criar uma escola do tempo de hoje mais acessível a todos”, começou por dizer.
“Há um compromisso que como sabem já assumimos: No início do próximo ano letivo será assegurada a universalidade do acesso digital, quer de rede, de equipamentos ou de conteúdos", acrescentou, lembrando, contudo, que esta ferramenta criada pelo Governo "não substituiu obviamente o trabalho que os professores vão continuar a fazer" através de outros recursos educativos.
"Só com a Educação que podemos construir o futuro", destacou.
Questionado sobre o regresso às aulas presenciais dos alunos do ensino secundário, o primeiro-ministro disse que a ambição é retomar estas aulas "assim que possível” mas nunca antes do dia 4 de maio.
Já sobre o setor económico, Costa destacou que a Saúde deve estar primeiro que qualquer interesse económico, reiterando que ainda não é o momento para aliviar as restrições.
"Só podemos retomar a atividade quando tivermos a certeza, o conforto necessário e a confiança suficiente na sociedade de que reabrindo não aumentamos risco de contaminação para além daquilo que é controlável e sabemos que ainda não chegou esse momento. Este ainda é o momento de fazermos um esforço acrescido de manter a contenção", concluiu.