Centros Comerciais queixam-se de discriminação e querem que os seus cabeleireiros e restaurantes reabram também

O presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais afirma que “distinguir os comércios pelo facto de terem uma porta aberta para a rua, pela razão de se evitarem aglomerados de pessoas, constitui um ato discriminatório e sem fundamento”.

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) defende que no fim do terceiro período do Estado de Emergência, no dia 2 de maio, a reabertura de restaurantes, cabeleireiros, entre outros espaços estipulados pelo Governo, deve aplicar-se também aos lojistas dos centros comerciais.

O presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, afirma que “seria uma contradição e um dano adicional para os lojistas não serem autorizados a abrir quando as mesmas atividades fora dos centros comerciais vão retomar a sua atividade”, pode ler-se num comunicado enviado às redações.

“Distinguir os comércios pelo facto de terem uma porta aberta para a rua, pela razão de se evitarem aglomerados de pessoas, constitui um ato discriminatório e sem fundamento, uma vez que no interior dos centros comerciais as normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social são cumpridas e supervisionadas por equipas especializadas a todo o instante”, defende.  Na nota, Sampaio de Mattos aponta ainda o “contributo fundamental” que os centros comerciais, responsáveis por mais de 100 mil postos de trabalho, podem ter no apoio à economia portuguesa. 

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais sublinha que os espaços que vendem bens essenciais, como os supermercados, continuam abertos nos centros, "garantindo o cumprimento das regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direção-Geral da Saúde" e assegurando a segurança dos colaboradores e clientes, para evitar a propagação da covid-19. Logo, segundo Sampaio de Mattos, estes espaços estão preparados para uma reabertura segura de outros serviços dentro do estabelecimento.