PRO.VAR apresenta propostas para “salvar” setor da restauração

A PRO.VAR apresentou um programa de salvação para o setor da restauração, depois de ter reunido com Governo, câmara municipais e privados. Descida do IVA para 6% e perdão de 50% da dívida pós-pandemia são medidas colocadas em cima da mesa.

A Associação Nacional de Restaurantes (PRO.VAR) apresentou um programa de salvação para o setor da restauração, depois de ter reunido com os secretários de Estado, do Turismo, Rita Marques, do Comércio, João Torres e com o secretário dos Assuntos Fiscais, Mendonça Mendes.

O objetivo destas reuniões – a que se somaram encontros com várias câmaras municipais ou representantes do setor privado (como a Sonae Sierra) –, tiveram como objetivo encontrar soluções para responder à crise económica na sequência da pandemia, e resultaram num conjunto de propostas que foram agora apresentadas a Governo, câmara municipais e privados.

Em comunicado enviado às redações, a PRO.VAR refere que, após a abertura, e até este momento, os restaurantes em Portugal vivem “um pesadelo”, registando uma faturação que “não chega a 40% do valor homólogo, sem contar com os cerca de 30% dos estabelecimentos que ainda se encontram fechados e que na sua maioria irão reabrir hoje [segunda-feira, dia 1 de junho]”. “Um verdadeiro pesadelo, pois não chega para cobrir os custos e muitos já só pensam em encerrar de novo, pois “(…) sai mais barato ter o restaurante fechado”, lê-se no comunicado.

Para fazer face a esta situação, a PRO.VAR propôs ao Governo um “plano de salvação” onde se incluem a redução do IVA da restauração de 13% para 6%; o apoio às rendas; incentivos ao consumo (substituindo-se impostos e/ou taxas por vouchers); a implementação de um plano de recuperação, que prevê o “perdão” da dívida no contexto pandémico em 50% e o pagamento do valor remanescente com ajuda de um plano de pagamentos que pode estender-se até 60 meses ou, no caso do passivo ao Estado, 120 meses.

Às câmaras municipais, a PRO.VAR propôs a criação e alargamento de esplanadas e isenção de taxas de esplanadas; a oferta de testes aos trabalhadores do comércio; o desconto de 50% e 100%, no IMI e taxas de serviços e publicidade, respetivamente; a oferta de vouchers aos munícipes para estímulo ao consumo local; e como incentivo à retoma, a criação de vídeos promocionais para estimular o consumo em ambiente de confiança.