CIP. Quase 80% das empresas acha apoio do Estado aquém do necessário

O estudo da CIP diz também que o número de empresas que está em layoff simplificado tem vindo a reduzir semanalmente. 

Quase 80% das 652 empresas inquiridas no estudo desenvolvido em conjunto pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal e ISCTE considera que os apoios do Estado estão aquém ou muito aquém do que é necessário. A conclusão é do inquérito feito às empresas portuguesas na primeira semana de junho sobre a diversificação de produtos, de mercados e de formas de venda, devido à pandemia de covid-19. Assim assim, o estudo admite que se assiste a uma diminuição ligeira das perceções mais negativas. 

Já o número de empresas que já recebeu financiamento subiu 8 pontos percentuais (de 39% para 47%), na primeira semana de junho. Os números foram avançados por Óscar Gaspar, vice-presidente da confederação, ao garantir que este é um crescimento muito significativo sendo que 53% das empresas afirma que ainda não recebeu qualquer apoio estatal.

Mas a maioria das empresas inquiridas (66%) considera os apoios da União Europeia razoavelmente adequados ou adequados, o que mostra uma evolução muito significativa de mais 17 pontos percentuais, face aos 49% da semana anterior.

O estudo da CIP diz também que o número de empresas que está em layoff simplificado tem vindo a reduzir semanalmente. Mas vamos a números. Há um mês, 48% das empresas encontrava-se nessa situação, em junho essa percentagem é de 24%.

Novas estratégias As vendas pelos canais digitais já vale perto de um quarto das receitas para as empresas portuguesas que optaram pelas vendas neste canais. E de acordo com o inquérito, cerca de 56% das 652 empresas inquiridas não vendia digitalmente antes da pandemia, mas passaram a fazê-lo com a situação de confinamento a que grande parte da população foi sujeita.

Segundo os mesmos dados, 18% das empresas diversificaram os canais e formas de venda e, inserida nessa percentagem e relativamente ao acréscimo percentual de vendas das formas de venda não habituais (como é exemplo o take-away e vendas diretas), cerca de 15% dessas empresas registaram um acréscimo entre 11% a 20% nas vendas, sendo que 2,5% das empresas chegou mesmo a registar uma subida de 40% nas vendas.