Governo garante que situação na região de Lisboa e Vale do Tejo “não está fora de controlo”

Questionada sobre a capacidade das unidades hospitalares, Jamila Madeira esclareceu que o Serviço Nacional de Saúde funciona em rede e, por isso, a capacidade de internamento está a suprir as necessidades

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde explicou, na conferência de imprensa desta quarta-feira, que “a situação que se vive em Lisboa e Vale do Tejo está a ser trabalhada como uma situação que não está fora de controlo”.

“Podemos garantir que a situação na região de Lisboa e Vale do Tejo não se encontra fora de controlo e estamos a trabalhar para que não existam situações dramáticas”, disse Jamila Madeira.

Questionada sobre a capacidade das unidades hospitalares, a governante esclareceu que o Serviço Nacional de Saúde funciona em rede e, por isso, a capacidade de internamento está a suprir as necessidades. Jamila Madeira assegurou ainda que a capacidade de internamento em unidades de cuidados intensivos está “muito aquém” da capacidade máxima, “quer na região de Lisboa” quer noutras regiões.

“Todos os hospitais da região de Lisboa estão a suprir as carências quando estas se revelam. Dos números que temos disponíveis, nem o hospital Amadora Sintra, Fernando da Fonseca nem nenhum outro esta em situação em que não consiga acomodar as necessidades que até agora estão sinalizadas”, disse, destacando que a capacidade das unidades de cuidados intensivos do Hospital Amadora Sintra está a 87% e “ainda não está saturada”.

Jamila Madeira falou ainda sobre um foco de infeção no Centro Hospitalar do Oeste, em Torres Vedras, e confirmou que “houve um utente de um lar que deu entrada nas urgências e que só mais tarde, depois de regressar ao lar”, realizou um segundo teste que obteve resultado positivo. Desse caso já resultaram oito casos positivos, estando agora a ser “testadas as equipas de enfermagem e os utentes que estiveram em contacto” com esse utente. Todos os utentes do lar serão também testados para “verificar o impacto deste caso positivo”.

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde confirmou ainda a existência de três casos positivos de infeção entre “funcionárias da área da cozinha” do Hospital Prisional de Caxias.

Na mesma conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde afirmou que o número de testes de diagnóstico da covid-19 realizados em Portugal acompanha a evolução da situação epidemiológica.

“É natural que à medida que a nossa epidemia vai tendo menos pessoas que apresentam sintomas, sejam testados menos indivíduos do que estavam a ser testados antes", disse Graça Freitas.

Confrontada com o menor número de testes que estão a ser realizados, Graça Freitas disse que as orientações internacionais vão no sentido de testar, com prioridade, todas as pessoas que apresentem sintomas e que, atualmente, são menos.

Jamila Madeira revelou ainda que Portugal vai proceder à “maior compra de sempre de vacinas” para preparar a próxima época gripal. Segundo a governante, o país vai adquirir dois milhões de vacinas – o que corresponde a um aumento de 38% de aquisição.

“Hoje, sabemos que não podemos nem perder o foco por razões ligadas à dimensão económica ou à dimensão emocional, nem esquecer que estamos no meio de uma pandemia e que temos de ter as regras de higiene, distanciamento social e etiqueta respiratória devidas para que esta não vença”, rematou.