1964. E Tóquio não falhou

Se Tóquio-2020 foi empurrado para 2021, Tóquio-1964 foi o momento para os japoneses recuperarem o orgulho, menos de 20 anos sobre Hiroxima.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 desvaneceram-se à força da pandemia e deixaram-nos á espera de Tóquio-2021. Pela segunda vez na sua história, a capital do Japão vai receber a maior competição desportiva do universo e a primeira vez que o fez os ventos também não sopravam totalmente de feição para que a sua realização fosse um êxito total.

Pela primeira vez, a organização dos Jogos era entregue a um país asiático. Vinha com 24 anos de atraso já que Tóquio tinha sido escolhida para sede dos Jogos Olímpicos de 1940, sendo o evento desviado para Helsínquia depois da invasão japonesa da China. Menos de vinte anos após o fim da II Grande Guerra e da explosão das bombas atómicas em Hiroxima e Nagasaki, o Império do Sol Nascente tinha a oportunidade de mostrar ao mundo como tudo havia mudado entretanto. Ainda por cima em direto pois, pela primeira vez, o acontecimento seria coberto por uma transmissão televisiva a nível global.

No dia 10 de outubro, evitando o calor bruto e húmido do verão japonês e a época dos tufões de Setembro, os Jogos da XVIII Olimpíada eram oficialmente abertos ao som da música composta por Yūji Koseki. Yoshinori Sakai, que nascera em Hiroxima no dia 6 de Agosto de 1945, o preciso dia em que Little Boy foi lançada do Enola Gay para reduzir a cidade a cinzas, carregou a chama olímpica que ficou a arder no Estádio Nacional de  Kasumigaoka, no bairro de Shinjuku, de onde se podia espreitar o pico nevado do Monte Fuji.

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