As 24 horas de Filipe Albuquerque

Piloto português venceu as 24 Horas de Le Mans em automobilismo, na categoria LMP2. Vitória histórica garante conquista matemática da Taça do Mundo de Resistência.

Filipe Albuquerque (United Autosports) venceu as 24 Horas de Le Mans em automobilismo, na categoria de LMP2, a segunda mais importante. O piloto português – que faz equipa com os britânicos Phil Hanson e Paul di Resta – chegou ao lugar mais alto do pódio na sua sétima participação na mítica prova francesa. No último domingo, o piloto natural de Coimbra, de 35 anos, fez história e garantiu ainda matematicamente o título no Mundial de resistência: para confirmar a conquista inédita, só precisa de alinhar na última corrida da época, no Bahrein, no próximo dia 14 de novembro. Além de liderar a Taça do Mundo FIA de Resistência, o piloto veterano também ocupa o primeiro lugar no Campeonato da Europa [European Le Mans Series]. Com duas provas por disputar (Monza e Portimão), a equipa de Filipe Albuquerque lidera com 68 pontos, mais 29 do que os segundos classificados.

A próxima corrida serão as 4 Horas de Monza, em Itália, no dia 10 de outubro.

«Ganhar é viciante. É bom, dá mais confiança. O objetivo é sempre ganhar a próxima corrida. Quero ganhar o campeonato da Europa, quero concretizar o campeonato do Mundo, estou muito próximo», referiu o piloto veterano, que dividiu o pódio em Le Mans com o compatriota António Félix da Costa.

Um ano de ouro para o automobilismo português

Albuquerque bateu Félix da Costa, que liderou a JOTA ao segundo posto da classificação da maior prova de endurance a nível mundial, em conjunto com Anthony Davidson e Roberto González.

Félix da Costa, González e Davidson arrecadaram a medalha de prata, após terem terminado a 32,831 segundos do vencedor, o carro n.º 22 da United Autosport.

O cascalense juntou este segundo lugar histórico ao título mundial alcançado em agosto último. Recorde-se que o piloto de 29 anos sagrou-se há cerca de um mês campeão Mundial de Fórmula E, prova para monolugares elétricos.

«A primeira vez que partilhámos um pódio ele ganhou e eu fiquei em segundo. Já lhe disse que ele já foi campeão do mundo este ano, tinha de deixar alguma coisa para mim», brincou Albuquerque.

«Eu comecei no karting, eu e o António [Félix da Costa] fomos colegas de equipa na altura, na equipa que o Pedro Couceiro e o irmão criaram para ajudar os mais novos a encaminhar o futuro porque, sendo apoiados, podem brilhar como os outros. Percorri o caminho das pedras, e eu e o António, coincidentemente, estamos a ganhar no mesmo ano.  Temos de ajudar, incentivar e fazer acreditar os mais novos que, bem apoiados, conseguimos chegar muito longe», alertou ainda o piloto de Coimbra, que não conteve a emoção na conferência de imprensa.