Câmara de Lisboa rejeita responsabilidade direta no desabamento no metro e fala de “erro” em obra

“Tudo indica, neste momento, que a responsabilidade daquilo que aconteceu no túnel do metro é de uma obra do município e, portanto, há um erro que tudo indica que tenha sido do empreiteiro, mas pode ter sido do projeto – estamos a avaliar”, disse João Paulo Saraiva.

O vice-presidente da Câmara de Lisboa afirmou, esta terça-feira, que o desabamento do teto na estação da Praça de Espanha, esta tarde, terá sido provocado pelas obras, que estão a ser realizadas ali perto, e não por “problemas de manutenção" do metropolitano.

"Tudo indica, neste momento, que a responsabilidade daquilo que aconteceu no túnel do metro é de uma obra do município e, portanto, há um erro que tudo indica que tenha sido do empreiteiro, mas pode ter sido do projeto – estamos a avaliar – que causou este problema no túnel do metro", disse João Paulo Saraiva, na reunião da Assembleia Municipal, realizada por videoconferência.

João Paulo Saraiva embora assuma que a câmara é a “dono da obra" exclui uma responsabilidade direta da autarquia. "Foi claramente um problema de uma obra, de um conflito entre o já existente e a nova obra que não devia ter acontecido, estamos a avaliar porque é que aconteceu", sublinhou.

Já antes, o vereador com o pelouro da Proteção Civil, Carlos Castro, tinha adiantado, no próprio local, que se tratava de "um incidente decorrente da obra", anunciando a abertura de um inquérito.

Recorde-se que o desabamento ocorreu cerca das 14h20 e atingiu a primeira carruagem de um metro que estava a chegar à Praça de Espanha, proveniente de São Sebastião, na Linha Azul, com 300 passageiros a bordo.

Na sequência do acidente, quatro pessoas – um homem e três mulheres – precisaram de assistência médica.