Novo Banco com prejuízos de 853,1 milhões de euros

A instituição financeira registou imparidades de quase 200 milhões para responder ao impacto da pandemia.

O Novo Banco agravou os prejuízos nos primeiros nove meses deste ano. O banco liderado por António Ramalho registou perdas de 853,1 milhões de euros. Este valor compara com os 572,3 milhões obtidos pelo banco liderado por António Ramalho no período homólogo. A instituição financeira registou imparidades de quase 200 milhões para responder ao impacto da pandemia.

O banco justifica estas perdas e revela que 260,6 milhões de euros são «resultado da avaliação independente aos fundos de reestruturação», acrescentando que o grupo irá continuar monitorizar esta área «à medida que o impacto da pandemia na economia portuguesa de torne mais claro».

Por outro lado, 727,7 milhões de euros resultam «de imparidades e provisões, em resultado da descontinuação do negócio em Espanha, e do agravamento do nível de incumprimento de alguns clientes (crédito a clientes, garantias e instituições de crédito), sendo 187,2 milhões de euros de imparidade adicional para riscos de crédito decorrentes da pandemia covid-19».

Em terceiro lugar, o Novo Banco faz referência «26,9 milhões de euros de reforço da provisão para reestruturação». 

O produto bancário comercial ascendeu a 597,6 milhões de euros, ficando em linha com o período homólogo, nota o banco. Por outro lado, refere que "a evolução positiva da margem financeira (+5,3 %) foi absorvida pelo decréscimo nos serviços a clientes (-11,3%), em resultado do atual contexto pandémico". 

Neste período as comissões registaram uma diminuição, «refletindo um menor nível de transações e da atividade bancária em Portugal», totalizando os 196,5 milhões, um valor que compara com 221,5 milhões em 30 de setembro de 2019.

Já os custos recuaram 3,8% face ao período homólogo, o que reflete, diz o banco, a «contínua otimização e simplificação organizacional e de processos».