Turismo não recuperou em setembro. Quebras superaram os 50%

Apesar de o verão ter trazido algumas melhorias ao setor, valores voltaram a cair em setembro, revela o Instituto Nacional de Estatística.

O setor do turismo estava a mostrar alguma recuperação nos meses de verão, apesar de os números não serem iguais aos do ano passado. No entanto, setembro não trouxe dados tão animadores. Pelo menos é isso que mostram os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) ao revelar que o setor do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas em setembro.

Estes valores correspondem a variações negativas de 52,7% e 53,4%, respetivamente. Valores superiores aos registados em agosto em que as quebras não tinham ido além dos 47%.

Já as dormidas de residentes registaram uma diminuição de 8,5% – tinham caído 1,5% em agosto – e as de não residentes recuaram 71,9%.

“Os proveitos totais registaram uma variação de -59,2% (-48,7% em agosto), fixando-se em 204,8 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 155,0 milhões de euros, diminuindo 59,5% (-49,0% no mês anterior)”, revela o INE.

Ainda segundo o gabinete de estatística, até setembro, 24% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (22,8% em agosto).

Já no que diz respeito ao terceiro trimestre deste ano, as dormidas totais caíram 55,7% (-12% nos residentes e -76,3% nos não residentes), depois de no 2º trimestre terem recuado 92,5% (-78,0% nos residentes e -98,1% nos não residentes) e no 1º trimestre terem registado um decréscimo de 18,3% (-12,2% nos residentes e -21,0% nos não residentes).

“Este destaque inclui uma caixa com a análise do impacto da abertura do corredor aéreo entre o Reino Unido e Portugal em agosto e setembro. A abertura do corredor aéreo com Portugal terá contribuído para a melhoria que se verificou em agosto e setembro, meses em que se registaram diminuições de 79,9% e 70,7%, respetivamente, das dormidas de residentes no Reino Unido, depois de quatro meses com reduções superiores a 90%”, escreve o INE.