Lebron James renova com os Lakers e duelo com o filho ganha luz

Extremo já chegou a acordo para estender contrato com os LA Lakers até aos 38 anos (até 2023) – época em que o filho mais velho do veterano atleta deverá ficar elegível para entrar no draft da liga mais importante de basquetebol a nível mundial.

É um presente de natal antecipado para os fãs do basquetebol mundial: a menos de um mês de completar 36 anos, a ESPN avança que Lebron James já chegou a acordo para a renovação de contrato até 2023 com os LA Lakers, o que significa que o veterano atleta vai continuar a fazer parte da Liga norte-americana de basquetebol (NBA) até pelo menos aos 38. Segundo a Forbes, o extremo vai auferir 70 milhões de euros durante este período: irá receber 33,9 milhões de euros durante a temporada 2021/22 e 36,7 milhões de euros em 2022/23, montantes superiores aos que estava a receber anteriormente (32,4 milhões de euros por temporada).

De relembrar que Lebron foi o rosto principal da conquista histórica do 17.º título dos Lakers da NBA, no último mês de outubro. A equipa californiana voltou a vencer o campeonato uma década depois do último título e conseguiu ainda igualar os Boston Celtics no topo dos clubes mais titulados de sempre da prova. Durante a temporada 2019/20, James teve uma média de 25,3 pontos, 10,2 assistências e 7,8 ressaltos – o extremo nunca antes tinha atingido os dois dígitos em assistências por jogo na sua carreira. Já nos playoffs, teve uma média de 27,6 pontos, 10,8 ressaltos e 8,8 assistências com cinco triplo-duplos. Foi, de resto, eleito o Jogador Mais Valioso (MVP) da final, com médias de 29,8 pontos, 11,9 ressaltos e 8,5 assistências para o triunfo por 4-2 sobre os Miami Heat, antiga equipa com que se sagrou campeão em 2012 e 2013, além de ter ainda vencido pelos Cleveland Cavaliers (2016).

Com 17 épocas na NBA cumpridas, Lebron conta com quatro títulos em 10 finais disputados – foi também eleito pela quarta vez o MVP das finais da NBA (repetindo o feito que já tinha alcançado nos outros dois emblemas com quem se sagrou campeão) e isolou-se no segundo lugar deste ranking, apenas atrás de Michael Jordan (venceu o prémio por seis vezes, sempre pelos Chicago Bulls).

Apesar de o rendimento do basquetebolista de 35 anos continuar inquestionável, como fez questão de provar ao longo da última temporada; a imprensa norte-americana avança ainda com outra razão para a extensão do vínculo: com o contrato a terminar em 2023, ano em que celebrará 20 anos de carreira na liga mais importante da modalidade a nível mundial, Lebron alimenta também a esperança de jogar com o filho mais velho, Bronny, de 16 anos, na prova, caso a Liga e o sindicato dos jogadores permitam que os jovens recém-graduados do ensino médio se possam candidatar ao draft.

Depois de uma época atípica, em que, recorde-se, a temporada teve que apurar o campeão numa bolha em Orlando, a próxima época vai recomeçar igualmente com restrições. Pouco mais de dois meses depois de os Lakers terem reconquistado o troféu da NBA; a nova edição está já à espreita, apesar dos quase 50 casos positivos para a covid-19 que os exames médicos revelaram na pré-temporada. No dia 22 de dezembro abrem-se as portas da época 2020/21, que vai ficar marcada pela redução dos jogos, ausência de públicos (até ordem em contrário) e restrições nas deslocações. A Liga divulgou esta semana os dois jogos de abertura, que acontecem em vésperas de natal: num duelo californiano, os Lakers vão medir forças com os Clippers; enquanto os Golden State Warriors defrontam o Brooklyn Nets de Kevin Durant (afastado desde o verão de 2019 após ter sofrido uma rutura no tendão de Aquiles). A 25 de dezembro estão já confirmados cinco encontros: Lakers-Dallas Mavericks; Miami Heat-New Orleans Pelicans, Milwaukee Bucks-Warriors; Boston Celtics-Nets e Denver Nuggets-LA Clippers.

Nota final para o campo das transferências, com Russell Westbrook à cabeça. Na quarta-feira foi anunciada a sua mudança dos Houston Rockets para os Washington Wizards, por troca com John Wall. Westbrook, eleito o MVP da NBA em 2017, despede-se após uma temporada no conjunto do Texas, marcada pela chegada às meias-finais da Conferência Oeste.