Central de carvão de Sines encerrou definitivamente

Com o encerramento da termoelétrica da EDP, ficam com futuro incerto 500 postos de trabalho diretos e indiretos. Para o local, está prevista a criação de um mega projeto para a produção de hidrogénio verde, a partir de 2022.

A central de carvão de Sines, a maior do país, deixou ontem de produzir energia, ao fim de 35 anos de atividade. O encerramento da infraestrutura da EDP foi antecipado e surge enquadrado na estratégia de descarbonização da empresa, alinhada com as metas do país (a primeira data anunciada apontava setembro de 2023 como data para fazer cessar a produção no local). 

Com o encerramento da central de Sines, ficam com futuro incerto 500 postos de trabalho diretos e indiretos. Para o local, está prevista a criação de um mega projeto para a produção de hidrogénio verde, a partir de 2022.

A EDP informou que se inicia “a fase de descomissionamento e, posteriormente, os trabalhos de desmantelamento” que devem demorar cerca de cinco anos. A elétrica deve receber parte dos 200 milhões do Fundo de Transição Justa atribuídos a Portugal, para ajudar na transição energética (embora o valor exato só seja conhecido no final deste semestre).

A central começou a ser construída em 1979 e a funcionar em 1985. Custou 650 milhões de euros (aos preços da época) e, ao longo da década de 1990, chegou a ser responsável por um terço da energia elétrica consumida em Portugal.