Hospital Amadora-Sintra transferiu 102 pacientes num espaço de dois dias

Os 102 pacientes foram distribuidos por hospitais da zona de Lisboa, da região de Setúbal e de Portimão. 

Hospital Amadora-Sintra transferiu 102 pacientes num espaço de dois dias

O Hospital Fernando da Fonseca, conhecido por Amadora-Sintra, tranferiu, entre esta terça e esta quarta-feira, 102 pacientes para outras unidades hospitalares, a grande parte deles são doentes infetados com covid-19, disse a assessoria do hospital, Diana Ralha, à agência Lusa.

"Após serem detetados os problemas registados na rede de oxigénio medicinal do hospital, entre 23:30 de terça-feira e 18h00 de hoje transferimos no total 82 doentes, 43 na noite de terça-feira e madrugada de hoje e mais 39 durante o dia de hoje”, de acordo com a assessora.

Os 39 doentes foram deslocados para cinco unidades hospitalares esta quarta-feira: 19 pacientes para a enfermaria do Hospital da Luz “sendo cuidados pelos profissionais do Amadora-Sintra”, 11 para hospital da Forças Armadas, 5 foram para Portimão, e ainda dois doentes não covid para o Trofa Saúde e outros dois para o centro de apoio militar de Belém.

Já na noite de terça-feira, “43 pacientes foram transferidos, sendo que 38 são doentes covid-19 dos quais”: 15 para o hospital de Santa Maria, 6 para o hospital de Campanha da Cidade Universitária e também para o Centro Hospitalar Lisboa Central, 4 para Centro Hospital Lisboa Ocidental, 3 para o hospital de Campanha de Portimão e também para o hospital de Setúbal e ainda 1 para o hospital das Forças Armadas, de acordo com o anuncio do Amadora-Sintra.

"Quanto aos cinco doentes 'não covid-19' foram, segundo o mesmo responsável, transferidos outros hospitais, entre os quais os de Cascais e Garcia de Orta", segundo o hospital Fernando da Fonseca.

Ainda na tarde de terça-feira foram transferidos outros 20 doentes para outras unidades, o que significa que no total foram feitas “102 transferências se contarmos estes 20 doentes transferidos durante a tarde de terça-feira", sublinhou a assessora.

De acordo com o hospital Amadora-Sintra, os problemas encontrados na rede de oxigénio medicinal detetados na terça-feira estiveram relacionados com dificuldades “em manter a pressão”, sem colocar em causa "a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede".

"Com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito", o hospital sentiu a obrigatoriedade de transferir os doentes.

Estavam internados, na terça-feira, no hospital Fernando da Fonseca 363 doentes infetados com covid-19. Desde o inicio de 2021, foi registado um aumento de 400% de pacientes com covid-19 hospitalizados nesta unidade, sendo que a grande maioria a precisarem "de oxigénio medicinal em alto débito".

A assessora Diana Ralha garantiu, esta quarta-feira, que a situação no fornecimento do oxigénio já foi completamente normalizada, e de momento, o Amadora-Sintra conta com 331 pacientes internados com covid-19, mas não desvalorizou o facto de haver uma possibilidade de mais transferência devido ao grande afluxo de pessoas que continuam a chegar à unidade hospitalar.