Mario Draghi aceita convite para liderar governo de emergência em Itália

Mario Draghi e o Presidente italiano, Sergio Mattarella, reuniram-se esta manhã. “Vencer a pandemia, continuar a campanha de vacinação e relançar o país” serão as prioridades enquanto primeiro-ministro.

Mario Draghi aceitou, esta quarta-feira, o convite do Presidente italiano, Sergio Mattarella, para formar um governo de emergência e será o próximo primeiro-ministro italiano, após a demissão de Giuseppe Conte.

O convite surgiu ontem e os responsáveis reuniram-se esta manhã no Palário Quirinale, em Roma, tendo a confirmação chegado pelas 13h15 locais (12h15, na hora de Lisboa).

"O Presidente da República, Sergio Mattarella, recebeu esta manhã o Professor Mario Draghi a quem foi confiada a missão de formar o governo. O Professor Draghi reservou-se o direito de aceitar", lê-se num comunicado, citado pela imprensa italiana.

Os objetivos de Draghi enquanto primeiro-ministro serão "vencer a pandemia, continuar a campanha de vacinação e relançar o país". "Dirigir-me-ei às partes, confiante de que a unidade emergirá das discussões com os partidos políticos e os grupos parlamentares", afirmou o ex-presidente do Banco Central Europeu, após a reunião com o chefe de Estado.

"O Presidente recordou a dramática crise sanitária e os seus graves efeitos na vida das pessoas, na economia e na sociedade. A emergência requer soluções à altura. Respondo positivamente ao chamamento do Presidente", disse.

O ex-primeiro-ministro, Giuseppe Conte, demitiu-se do cargo na semana passada, após o partido de Matteo Renzi, Italia Viva, ter abandonado o acordo de coligação que tinha com o Governo, juntamente com o Movimento 5 Estrelas. Ainda este domingo, Renzi admitiu que gostaria de ver Draghi no cargo de primeiro-ministro. Já o Movimento 5 Estrelas terá decidido não apoiar o ex-presidente do BCE, segundo disse uma fonte do partido à Reuters.