A Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou, esta quinta-feira, que está a iniciar a “análise contínua” da vacina russa Sputnik V contra o novo coronavírus, para determinar se esta segue os requisitos da União Europeia, conforme a sua eficácia, segurança e qualidade.
O regulador europeu explicou, em comunicado, que decidiu começar esta análise em tempo real "com base nos resultados de estudos laboratoriais e estudos clínicos em adultos" já conhecidos, que "indicam que a Sputnik V desencadeia a produção de anticorpos e células imunitárias que visam o coronavírus SARS-CoV-2 e que podem ajudar a proteger contra a covid-19".
Segundo o artigo publicado na revista científica The Lancet, na edição do mês passado, a vacina Sputnik V mostrou ter cerca de 92% de eficácia contra o vírus nos ensaios finais. A vacina russa funciona com duas doses, nas quais são utilizados dois vírus diferentes para fornecer proteínas, de forma a construir uma barreira imunológica no corpo humano.
"A EMA avaliará os dados à medida que estes se tornem disponíveis para decidir se os benefícios superam os riscos. A revisão contínua prosseguirá até estarem disponíveis provas suficientes para um pedido formal de autorização de comercialização" desta vacina, declara a agência.
Até ao momento, o regulador europeu já aprovou as vacinas Pfizer/BioNTech, Moderna e Oxford/AstraZeneca. Já as da CureVac e Novavax ainda são candidatas e estão em processo de avaliação.
Tudo indica que a EMA dará o seu veredicto sobre a vacina da Johnson & Johnson, de administração única, no dia 11 de março, de hoje a oito dias.