Miguel Albuquerque defende que DGS deve deixar de dar números de casos da Madeira e dos Açores

“Eu não consigo perceber – se calhar sou pouco inteligente – como chegam àqueles números”, criticou.

Miguel Albuquerque considerou, esta quinta-feira, que a Direção-Geral de Saúde (DGS) deve deixar de divulgar os números da covid-19 das regiões autónomas. Para o presidente do Governo Regional da Madeira, a discrepância de dados tira “credibilidade” à instituição e aos organismos de saúde.

“Os números dados pela DGS não correspondem aqueles que são dados na Madeira", disse Miguel Albuquerque aos jornalistas, à margem de uma visita que efetuou ao projeto-piloto "Nómadas Digitais", na Ponta do Sol.

Depois de dizer que a diferença de dados é "surreal", o responsável revelou que "já sugeriu" à ministra da Saúde que os "números da Madeira e dos Açores – porque também acontece com os Açores – deixassem de ser dados pela DGS nacional".

"Não tem nenhum sentido porque tira credibilidade à própria instituição e aos próprios organismos de saúde", afirmou. "Eu não consigo perceber – se calhar sou pouco inteligente – como chegam àqueles números", criticou.

Para Miguel Albuquerque esta situação "afeta a imagem da Madeira", uma vez que, na sua opinião, transmite que "está tudo de pernas para o ar" na região.

"E, depois, afeta também a imagem da DGS", disse, exemplificando que a região divulga "boletins com 40 casos" e autoridade de saúde nacional põe 700.

"Portanto, ou é um problema de matemática ou de falta de compreensão da minha parte", ironizou. "Ninguém consegue perceber como eles [DGS) chegam àqueles números", acresecentou.

"O melhor é não porem os números e fica resolvido", rematou.