Nicolau Santos e Hugo Figueiredo escolhidos para a administração da RTP

CGI vai ainda designar vogal para a área financeira “após parecer prévio e vinculativo do membro do Governo responsável pela área das finanças”.

Depois de alguns meses de impasse e com 12 ‘duplas’ em cima da mesa, o Conselho Geral Independente (CGI) da RTP já escolheu o novo Conselho de Administração que será presidido por Nicolau Santos, presidente da Lusa e o atual administrador da RTP, Hugo Figueiredo.

“Terminado o procedimento, o CGI entendeu, por decisão unânime, dirigir à equipa constituída por Nicolau Fernando Ramos dos Santos e Hugo Graça Figueiredo um convite para, juntamente com um vogal responsável pela área financeira, a designar pelo CGI após parecer prévio e vinculativo do membro do Governo responsável pela área das finanças, apresentarem um Projeto Estratégico da empresa para os próximos três anos, com vista a futura indigitação como membros do Conselho de Administração da RTP”, lê-se no comunicado do CGI.

Na escolha desta dupla, o CGI disse ter em consideração “a considerável experiência de ambos os membros em áreas da comunicação social, e a relevância da sua capacidade de gestão e de liderança, aliada a uma sólida cultura de serviço público”.

O CGI diz ainda ter ponderado o interesse “das propostas apresentadas pela equipa em matéria de valorização, capacitação e rejuvenescimento dos recursos humanos da empresa, num contexto de cultura de mérito”, bem como as ideias apresentadas em termos de inovação e desenvolvimento tecnológico, em especial das necessidades de transformação digital da RTP. “O CGI valorizou igualmente as propostas adiantadas para uma gestão rigorosa da empresa, assente na sua sustentabilidade financeira”, lê-se na nota.

Este órgão da estação pública diz ter esperança nesta dupla: “O CGI, nesta escolha difícil, face à qualidade das pessoas interessadas, tem fundada esperança em que o Conselho de Administração leve a cabo, de forma serena, mas efetiva, as mudanças necessárias para que a RTP possa, mantendo-se na vanguarda do novo ecossistema mediático, cumprir integralmente a sua missão de serviço público, enquanto instituição de cidadania democrática”.

Recorde-se que a concurso estavam 12 ‘duplas’, das quais faziam parte, por exemplo, Sérgio Figueiredo, jornalista e ex-diretor de informação da TVI, e Ricardo Monteiro, ex-funcionário da Havas, uma empresa francesa de publicidade; Carlos Veloso, antigo presidente administrador da RTP, e Isabel Damásio, ex-jornalista da RTP e professora da Universidade Autónoma; Fernando Lopes, ex-diretor de marketing e vendas da Cabovisão, que passou ainda pela McKinsey e Media Capital, e Adriano Prates, que passou pela direção de marketing e vendas da EDP Comercial, tendo sido consultor na McKinsey; ou ainda Pedro Mota Carmo, presidente executivo da NOS Lusomundo Cinemas, e Maria Mineiro, vice-presidente do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

A todos estes, o CGI “saúda a diversidade e a qualidade das pessoas e das equipas interessadas, bem como a riqueza estimulante das versões preliminares de projetos estratégicos apresentadas”.