Gouveia e Melo diz que é necessário contratar mais 1.700 profissionais para reforçar a segunda fase da vacinação

“Estes profissionais podem vir de dentro do próprio sistema de saúde, por transferência e por mobilidades, ou podem ser contratados de fora do sistema nacional de saúde”, afirmou o coordenador da task-force. 

Serão necessários mais 1.700 profissionais de saúde para a segunda fase da vacinação contra a covid-19, indicou o coordenador da task-force, Henrique Gouveia e Melo, esta terça-feira. Os profissionais poderão vir do Serviço Nacional de Saúde ou serão contratados.

"Estes profissionais podem vir de dentro do próprio sistema de saúde, por transferência e por mobilidades, ou podem ser contratados de fora do sistema nacional de saúde", disse o vice-almirante Gouveia e Melo num debate a propósito da iniciativa "Conversas com Cientistas – Décadas de Ciência para Dias de Vacinas".

Esta necessidade “já foi comunicada”, afirmou o coordenador do plano de vacinação, sendo que, neste momento, existem várias opções que “estão em cima da mesa e que estão a ser tratadas para garantir que esses profissionais de saúde estejam disponíveis" para a próxima fase de vacinação no país, que tem como objetivo vacinar 100 mil pessoas diariamente.

"É importante dizer que esse reforço é um reforço em cima de uma utilização dos cuidados primários de saúde de cerca de 20% dos seus profissionais", esclareceu ainda Gouveia e Melo, ao garantir que o plano de vacinação "não esgotou todos os profissionais dos cuidados primários de saúde".

Para além do plano de vacinação, Gouveia e Melo admitiu que as autoridades de saúde nacionais já estão a analisar a decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA) sobre a utilização da vacina da Johnson & Johnson.

"Acabamos de ter a notícia das decisões da EMA, estamos a refletir sobre as consequências e o que se vai fazer. As coisas têm de ser todas ponderadas pelas autoridades de saúde, pela autoridade técnica do medicamento. É o que está a acontecer neste momento", disse.

É de mencionar que a EMA disse que a decisão sobre a administração da vacina Janssen está nas mãos dos países da União Europeia, após reconfirmar a sua confiança nos benefícios do fármaco da Johnson & Johnson contra a covid-19.

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