SCML. Trabalhadores em protesto a 22 de junho por falta de respostas

O i já tinha avançado que os trabalhadores estavam contra fim das avaliações de desempenho, mas as reivindicações não ficam por aqui. 

Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) estão a organizar um protesto no próximo dia 22 de junho. Ao que o i apurou, em causa estão uma série de revindicações que vão ser entregues antes ao provedor Edmundo Martinho. Em cima da mesa estão questões como a atualização do subsídio de alimentação, as remunerações em equidade aos aumentos do salário mínimo nacional nos últimos anos, as progressões de carreira referentes a 2020.Este movimento de contestação não é novo.

O i já tinha avançado que um grupo de trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa enviou uma carta ao provedor a questionar os processo de progressão de carreiras. Na missiva, este grupo chama a atenção para o facto de já ter pedido esclarecimentos ao departamento de recursos humanos da instituição, mas lembra que “a receção das respostas reportadas pela DIRH são elucidativas, referindo que os processos (ordinários) de progressão dependem de aprovação/autorização da mesa”.

Apesar desta resposta, o mesmo grupo afirma que o assunto “corresponde a um direito dos colaboradores”, defendendo que se trata de uma “questão de justiça e de direito fundamental, cuja natureza é análoga aos direitos, liberdades e garantias com o Acordo de Empresa (AE)”.

Face a este cenário, o mesmo grupo garante que está a aguardar por uma comunicação, “que nesta sequência, se previa informar de sessão ordinária de mesa em que visse aprovada as atualizações referentes ao processo de progressões com a adequação do nível salarial e respetiva remuneração dos colaboradores, à semelhança do que aconteceu em 2020”, refere a mesma carta a que o i teve acesso.No entanto, perante a ausência de respostas, os trabalhadores consideram que é importante manifestar a sua preocupação junto do provedor, “reinterando-se a necessidade de obter esclarecimentos e cumulativamente na necessidade que nos seja reconhecido o direito à progressão de carreira e respetiva atualização salarial e da data prevista da sua efetivação”. E vão mais longe, frisando que este pedido é feito de boa-fé e que a resposta ao mesmo é essencial “para diminuir eventuais conflitos”, esperando por isso que lhes seja concedida uma audiência pelo provedor.

Mas as reivindicações a apresentar a 22 de junho não ficam por aqui. O i apurou que também é pedido que sejam reorganizados os horários – quer por turnos, quer fins de semana e feriados – que sejam dadas as mesmas condições em dias de férias que os trabalhadores da função pública, que sejam criadas compensações por antiguidade, assim como seja levado a cabo a promoção das reclassificações dos trabalhadores – independentemente do posto em que estão colocados. É ainda reivindicado a agilização das mobilidades internas “com critérios sérios e corretos – e a reabertura do cumprimento de antecipação da reforma.