Homem que atropelou três pessoas em Reguengos de Monsaraz é ouvido hoje por juiz

Para além do condutor, também outro homem se apresentou voluntariamente na PJ.

Depois de se ter entregado voluntariamente às autoridades, o condutor do automóvel que atropelou três pessoas em Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, vai ser ouvido esta quinta-feira por um juiz.

O seu advogado Fábio Palhas confirmou, à agência Lusa, que o homem se entregou na quarta-feira à tarde e que passou a noite nas instalações policiais. Hoje vai ser presente a primeiro interrogatório judicial hoje no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Évora.

“Ele contactou-me durante o fim de semana e eu comecei a fazer diligências, desde a manhã de segunda-feira, no sentido de o apresentar, mas a PJ só marcou para quarta-feira de manhã e foi nesta data que ele compareceu nas instalações em Évora”, afirmou o advogado. E acrescentou: “A intenção do meu cliente é colaborar inteiramente com a justiça. (…) A estratégia da defesa é a da verdade”.

Recorde-se que os confrontos físicos e o atropelamento, ocorridos na sexta-feira passada, junto a uma esplanada em Reguengos de Monsaraz provocaram três feridos, colhidos por um automóvel, cujo condutor, agora sob custódia policial, abandonou posteriormente a viatura, entretanto localizada pelas autoridades.

Para além do condutor, também outro homem se apresentou voluntariamente na PJ, tendo ficado sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência (TIR), adiantou ainda Fábio Palhas.

Sublinhe-se que o episódio de violência ocorreu perante a presença de militares da GNR, facto que gerou polémica e críticas face à incapacidade dos guardas em controlarem a situação.

No dia seguinte, a GNR anunciou, através de um comunicado, a abertura de um processo de averiguações para apuramento de eventual responsabilidade disciplinar relativamente à atuação dos militares.

No mesmo comunicado, a guarda explicava que uma patrulha tinha sido chamada ao local, onde “um grupo de indivíduos” tentava entrar, tendo-lhes sido vedado o acesso “porque não se faziam acompanhar do respetivo certificado digital” covid-19.

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