Dezenas de mortos devido a chuvas intensas na Índia

Intempéries afetaram várias zonas do país nos últimos dias. 

Já morreram dezenas de pessoas na Índia devido às enchentes e aos deslizamentos de terra que estão a afetar a região norte, provocados pelas chuvas torrenciais, que já antes tinham afetado o sul do país. Os serviços meteorológicos do país estenderam os avisos de alerta, prevendo que as chuvas fortes e muito fortes na região continuem nos próximos dois dias.

Uma autoridade do distrito de Nainital, no estado de Uttarakhand, no Himalaia, anunciou esta terça-feira que 30 pessoas tinham morrido, estando muitas outras desaparecidas, elevando para 35 o número de mortes naquela região, somando às sinistralidades do dia anterior.

Devido ao mau tempo, as autoridades ordenaram o encerramento das escolas, estando também proibidas todas as atividades religiosas ou turisticas no estado. São várias as imagens que circulam nas redes sociais que mostram os habitantes daquela zona a caminhar na água, que chega até aos joelhos, perto do lago Nainital ou no rio Ganges que transborda na cidade de Rishikesh.

Além disso, cerca de cem turistas ficaram retidos na estância turística de Ramgarh, devido à inundação do rio Kosi, que inundou várias localidades.

Os deslizamentos de terra atingem frequentemente o norte do Himalaia, na Índia, estando, contudo, a frequência destas ocorrências a aumentar, com os especialistas a atribuírem o fenómeno ao aquecimento global, derretimento de gelo e construção de barragens hidroelétricas.

De acordo com a previsão meteorológicas, fortes chuvas também devem atingir o Estado de Querala, no sul, nos próximos dias, onde as enchentes já provocaram mais de 27 mortes desde sexta-feira.

Já no fim-de-semana tinham morrido pelo menos 25 pessoas no sudoeste da Índia devido à intempérie, sendo que milhares foram retiradas e pelo menos 100 acampamentos humanitários foram erguidos, declarou no domingo Pinarayi Vijayan, o chefe do governo de Kerala.

O exército, a marinha e a força aérea participam nas operações de socorro, sendo ainda desconhecido o número de pessoas desaparecidas.