Centenas de militares vaiaram, ao início da tarde deste domingo, o Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho. Paraquedistas, comandos e veteranos protestaram numa cerimónia, em Aveiro, que assinala o Dia do Exército contra as regras impostas para estas cerimónias, nomeadamente a proibição de ser cantado o hino dos paraquedistas, Pátria Mãe, e o impedimento de usar a boina verde, típica dos paraquedistas.
Ao lado de João Gomes Cravinho estava o chefe do Estado Maior do Exército, o general José Nunes da Fonseca.
Em declarações à RTP, um dos paraquedistas presentes no protesto deixou acusações ao líder do exército, garantindo que o hino seria ouvido este domingo: "O exército, infelizmente, não respeita os paraquedistas nem as operações especiais, como os fuzileiros e comandos, e querem calar-nos, mas não vão calar! Vamos até ao fim. Os nossos cânticos, as nossas marchas hão de se manter, sempre!"
Durante a manifestação, foi pedida a demissão do chefe do Estado Maior, estando os militares a desobedecer às ordens dadas.