Portugal continua no vermelho. Há mais de dois meses que não se registavam tantos novos casos de covid-19

O número de casos diários é o mais alto desde 8 de setembro, quando foram diagnosticados 1.778 casos. O mesmo acontece com os internamentos: É preciso recuar até ao dia 27 de setembro para encontrar um valor mais elevado do que o de hoje. RT e incidência voltam a subir e o país continua na…

Portugal continua no vermelho. Há mais de dois meses que não se registavam tantos novos casos de covid-19

Nas últimas 24 horas, foram diagnosticados 1.751 novos casos de covid-19 em Portugal e registadas três mortes associadas à doença. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta sexta-feira, o país soma agora um total acumulado de 1.104.189 infetados desde o início da pandemia, dos quais 18.234 não resistiram. O número de casos diários é o mais alto desde 8 de setembro, quando foram diagnosticados 1.778 casos. RT e incidência voltam a subir, continuando o país a escalar aos poucos a zona vermelha da matriz de risco. 

Mais uma vez, Lisboa e Vale do Tejo foi a região que registou maior número de novas infeções nas últimas 24 horas, ao reportar 549 casos de covid-19, o mesmo valor de ontem. Segue-se o Norte, que se manteve durante os últimos dois dias como terceira região com maior número de novos casos, ao registar 472 novos contágios, o Centro com 461, o Algarve com 113 e o Alentejo com 60. No arquipélago da Madeira foram registadas 57 novas infeções e no dos Açores 39.

Dos três óbitos registados, um ocorreu em Lisboa e Vale do Tejo, outro no Algarve e outro nos Açores. 

O número de internados devido à covid-19 continua a subir e nas últimas 24 horas ultrapassou os 400: há agora 411 pessoas infetadas nos hospitais portugueses, mais 28 do que ontem. É preciso recuar até ao dia 27 de setembro para encontrar um valor mais elevado (420) do que o registado neste boletim. Já nas Unidades de Cuidados Intensivos, estão 65 pessoas, mais uma do que no último balanço.

Por outro lado, mais 774 pessoas venceram a doença, elevando o total de recuperados desde o início da pandemia para 1.049.731.

Há agora 36.224 casos ativos no país, mais 974 do que ontem, e as autoridades de saúde têm 29.618 contactos em vigilância, mais 2.698 pessoas face ao último boletim. Sublinhe-se que o país voltou a ultrapassar ontem os 35.000 casos ativos, algo que não acontecia há quase dois meses. 

Os valores da incidência e do rácio de transmissibilidade (RT) foram atualizados hoje e comprovam que Portugal continua a escalar na zona vermelha da matriz de risco – onde chegou na quarta-feira.

A incidência nacional passou de 125,4 casos para 134,2 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Quando considerado apenas o território continental, a incidência cresceu de 124,8 para 133,3. Já o Rt subiu de 1,12 para 1,15 a nível nacional e continental.

Também foram atualizados os dados relativos à distribuição geográfica de casos. Segundo as informações obtidas a 10 de novembro, Pampilhosa da Serra (Coimbra) e Marvão (Portalegre) são os concelhos com risco mais elevado de propagação do vírus, estando com uma incidência cumulativa de casos acima de 960 a 14 dias. Atualmente, Pampilhosa da Serra tem uma incidência de 1.612 casos e Marvão 1.770. É de realçar que estes dois concelhos são de baixa densidade populacional. 

Quanto aos restantes níveis, estão agora oito concelhos no nível muito elevado – mais três do que na semana passada -, 38 no nível elevado – mais 14 -, 88 no nível moderado – mais 30 e 172 concelhos no nível baixo, com menos de 120 casos por 100 mil habitantes.